“Ela apresentou diversas versões. Inicialmente, quando abordada pela PRF, ela apresentou uma versão de que havia uma segunda pessoa envolvida, mas nunca negou que de fato jogou a criança. Há algumas dubiedades na versão dela, mas ela confessa sim que fez, que a gravidez não era desejada e ela escondeu de todos os familiares”
“Na quarta ela teve dores e contrações e na quinta ela teve a criança no banheiro da casa e ali ela acreditou, segundo ela, que a criança já havia falecido. O que não é verdade diante de provas concretas que a gente tem, provas pericias. Ai ela embalou a criança num saco de lixo e arremessou em um córrego perto da casa dela”, disse o delegado responsável pelo caso, Gustavo Gomes.
Ainda de acordo com o delegado, o laudo da necropsia feito pelo médico legista aponta que a gravidez estava entre o 7º e 9º mês de gestação quando a criança nasceu. Ainda de acordo com o laudo, o bebê pode ter morrido por asfixia.
“O laudo necropsia confirmou que a criança nasceu com vida. Ela não morreu afogada, ela não morreu da queda, [ela] morreu possivelmente de asfixia, ou antes, de ser jogada ou mesmo no córrego porque ela estava embrulhada em um saco de lixo”.
A mulher foi presa em Pouso Alegre e encaminhada para o presídio de Santa Rita do Sapucaí (MG), onde está presa preventivamente.
Entenda
O corpo do bebê recém-nascido foi encontrado dentro de um córrego na manhã deste domingo (3) próximo à Avenida José Lagoa, no Centro, em Três Pontas (MG).
Segundo informações da Polícia Militar, um sargento que estava de folga recebeu uma ligação anônima dizendo que o corpo estava no córrego e logo depois o fato foi constatado pelos militares.
As primeiras apurações apontam que a criança teria nascido com 1,7 quilo e teve o cordão umbilical cortado de forma arcaica. O corpo foi retirado do local e encaminhado para o IML de Varginha.
A mulher foi identificada nesta segunda-feira depois da repercussão do caso. Ela tentou fugir para São Paulo de ônibus, mas foi localizada pela PRF em Bragança Paulista.
Por; G1
