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Carteiros se preparam para passar quantos dias forem precisos em protesto

Trabalhadores que atuam na entrega de correspondências do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios, em Várzea Grande/MT, ocuparam a empresa na manhã desta sexta-feira (1º) e estão dispostos a permanecerem no local pelo “tempo que for necessário”. A greve teve início no dia 15 de março, após a empresa retirar sete carteiros da entrega de cartas da rua e colocar para serviço interno. Os funcionários alegam sobrecarga para outros entregadores e desconto no salário por conta da alteração.

De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais em Mato Grosso (Sintect/MT), Alexandre Aragão, a decisão de ocupar o prédio acontece depois de três audiências de conciliação intermediada pelo Tribunal Regional de Trabalho, 45 dias de tentativa de negociação com a gestão e 17 dias de greve dos carteiros de bicicleta.

O sindicato informou ainda que entrou com uma ação de dissídio coletivo de greve e que, a partir de segunda-feira (4), os próprios carteiros farão a gestão da unidade e entregarão as encomendas no local.

Ainda de acordo com o sindicato, a interrupção do serviço com bicicleta faz parte do chamado projeto de padronização do processo produtivo, que traz, sob o discurso de revitalização, “cortes orçamentários, sucateamento da empresa e precarização no atendimento” aos usuários dos serviços postais.

Estão parados 23 carteiros, sendo os sete da bicicleta impedidos de sair para fazer a entrega, 13 motoqueiros e outros três internos.

 

A GREVE

 

Sete carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Várzea Grande/MT decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado desde o dia 15 de março. A justificativa da classe é que os trabalhadores que fazem as entregas de bicicleta estão sendo impedidos de entregar a correspondência, o que afeta diretamente o salário deles e gera sobrecarga aos demais entregadores.

Segundo o advogado do Sintect-MT, as bicicletas foram recolhidas e os carteiros, impedidos de sair às ruas para trabalhar. “A justificativa dos Correios é a economia. Os carteiros, sendo impedidos de sair às ruas, perdem 30%, ou seja, em média R$ 800 do salário”, disse.

 

OUTRO LADO

 

A reportagem procurou a assessoria dos Correios, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.

 

Por; Hiper Notícias

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