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Cientistas desenvolvem espuma sintética capaz de curar feridas crônicas

Cientistas da Vanderbilt University desenvolveram uma espuma sintética biodegradável capaz de suprimir a inflamação e cicatrizar feridas crônicas na pele, conforme indica um estudo publicado na revista Science Translational Medicine.

O novo material foi testado em suínos com feridas crônicas na pele, e a expectativa é que um dia possa acelerar o reparo tecidual entre pacientes com feridas que não cicatrizam com facilidade. Até agora, os estudos sugeriram que o curativo de espuma biodegradável é promissor para os seres humanos.

A espuma de politiocetal uretano também deve ser utilizada na cicatrização de úlceras de pele ou contusões decorrentes de trauma. No entanto, de acordo com os próprios cientistas, os biomateriais de origem natural têm benefícios de cura promissores, mas “suas baixas propriedades mecânicas e custos exorbitantes limitam seu desempenho e uso.”

De qualquer forma, a nova espuma teve uma performance ainda mais notável na cicatrização de feridas do que outros produtos semelhantes já aprovados no mercado norte-americano. Logo, o estudo sugere que o material pode eventualmente oferecer uma alternativa sintética de alto desempenho em ambientes clínicos.

As feridas cutâneas que não cicatrizam podem ser causadas por diversos fatores, como o diabetes, por exemplo. No entanto, outras condições envolvem queimaduras, infecções, problemas vasculares e até câncer de pele.

Segundo os autores do estudo, as úlceras crônicas levam aproximadamente um ano para cicatrizar. A taxa de recorrência é alta e a taxa de mortalidade em cinco anos é de cerca de 40% para pacientes com diabetes. “As feridas crônicas são caracterizadas por inflamação persistente de baixo grau. O excesso de espécies reativas de oxigênio causa estresse oxidativo e reduz a capacidade de cicatrização”, explicam os autores.

O problema é ainda mais sério: feridas não fechadas têm uma alta incidência de infecção bacteriana, o que agrava ainda mais o desequilíbrio inflamatório local. Com isso, a espuma capaz de cicatrizar feridas crônicas poderia ser um divisor de águas na área da medicina.

 

Fonte: Science Translational Medicine via Medical Xpress

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