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Coca-Cola e Pepsi pedem pacto global para cortar o uso e a produção de plástico

As gigantes Coca-Cola e PepsiCo solicitaram nesta segunda-feira (17) um esforço global para combater os impactos gerados pelo plástico no planeta. A iniciativa visa reduzir a produção e principalmente o uso de resíduos plásticos em diversos setores da indústria.

Até agora, o projeto já conta com 70 parceiros, que incluem nomes relevantes como Unilever e Nestlé, cujo portfólio de produtos já conta com vários itens acondicionados em plástico descartável. A gigante do varejo Walmart também vai participar da iniciativa.

“Estamos em um momento crítico para estabelecer um tratado”, disse o comunicado das empresas, que também ressalta que o acordo “deve reduzir a produção e o uso de plástico”.

Ainda não está claro se o acordo vai focar apenas no gerenciamento e reciclagem ou também tomará medidas mais duras, como restringir a produção de plástico, algo que certamente vai gerar resistência das indústrias de petróleo e produtos químicos, bem como dos EUA, um dos maiores produtores de plástico do planeta.

Vale ressaltar ainda que, segundo a Reutersmenos de 10% de todo o plástico já produzido foi reciclado. Enquanto isso, o ritmo de produção, por sua vez (derivado de petróleo e gás), deve dobrar nos próximos 20 anos, se firmando como uma fonte de receita relevante para as empresas do ramo de energia, já que a demanda por combustíveis fósseis tende a diminuir com o aumento da adoção de energia renovável e veículos elétricos.

Por fim, vale lembrar que diversas autoridades mundiais vão se reunir no fim de 2022 na ‘UNEA 5.2’, a conferência da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A ideia é que o evento sirva justamente para discutir esse tratado para enfrentar a crise dos resíduos plásticos, que prejudica desde aterros sanitários até os oceanos e, por consequência, a vida selvagem.

“A UNEA 5.2 é o momento decisivo para virar a maré na crise global de poluição plástica. Não podemos perder isso”, finaliza o comunicado da Coca-Cola e da PepsiCo.

Via: Reuters

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