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Delegado afirma que acusados delataram coronel do Exército

MidiaNews

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O delegado Nilson Farias, que está a frente do inquérito que investiga o caso

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil chegou ao paradeiro do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador da morte do advogado Roberto Zampieri, após outros envolvidos no crime o delatarem.

Ouvindo os executores, eles confessaram a prática do delito e informaram quem efetuou os pagamentos

 

Zampieri foi morto a tiros na noite do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório dele no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

 

Ainda não se sabe, no entanto, o interesse que Etevaldo teve na morte do advogado. Ele foi interrogado na manhã desta segunda-feira (15), logo após ser preso em Belo Horizonte (MG), mas se manteve em silêncio.

 

De acordo com o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios de Cuiabá, além da confissão dos executores, provas técnicas corroboraram com a versão deles sobre o envolvimento do coronel.

 

“Ouvindo os executores, eles confessaram a prática do delito e informaram quem efetuou os pagamentos [o coronel]”, disse Farias em entrevista ao MT1 da TV Centro América.

 

“Utilizando de técnicas investigativas, dados técnicos, além da oitiva deles, foi confirmada a localização desses indivíduos [os executores do crime] no escritório desse coronel do exército”, acrescentou.

 

A prisão temporária do coronel foi representada e deferida pelo Poder Judiciário, além das buscas e apreensões na casa e no escritório de Caçadini.

 

“Fizemos o interrogatório dele e nesse primeiro momento ficou em silêncio. Porém, as diligências continuam, estamos analisando materiais, analisando celulares e em breve teremos a elucidação desse crime”, afirmou.

 

Motivação

 

A Polícia ainda não chegou à motivação do envolvimento do coronel no crime, que teria sido cometido por uma disputa de terras no norte do Estado.

 

Fizemos o interrogatório dele e nesse primeiro momento ficou em silêncio. Porém, as diligências continuam

“No ano de 1995, ele residiu naquela região do Nortão, fez ações naquele lado. Nesse momento da investigação, estamos trabalhando para entender qual é o interesse desse financiador na morte de Roberto Zampieri”, disse o delegado.

Prisões

 

Até o momento, a Polícia prendeu quatro pessoas. Além do coronel está empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, que teria encomendado o assassinato; Antônio Gomes da Silva, suposto executor do assassinato; e Hedilerson Martins Barbosa, que teria intermediado o crime e entregue a arma de fogo.

 

O delegado não descarta, no entanto, a participação de outros membros no crime. A Polícia irá solicitar o recambiamento do Coronel para Cuiabá.

 

O caso

 

Zampieri foi morto a tiros enquanto saía de seu escritório em Cuiabá, localizado no bairro Bosque da Saúde. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

 

O acusado de ser o executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso.

 

Já a suspeita de ser mandante do crime foi presa em Patos de Minas, no sudeste mineiro. No momento da prisão, ela estava com uma pistola 9mm.

 

O assassinato teria sido encomendado devido a uma disputa por terra na região do Vale do Araguaia.

 

O delegado Nilson Farias, responsável pela investigação, pediu que o prazo para conclusão do inquérito aumentasse de 30 a 60 dias devido à complexidade do caso.

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