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Delegado atira e mata motorista durante briga de trânsito em Belo Horizonte

Um delegado da Polícia Civil de Minas Gerais atirou e matou um motorista durante uma briga de trânsito, na tarde desta terça-feira (26). O desentendimento ocorreu no Viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha. O envolvimento dele foi confirmado à reportagem por outro delegado, que pediu anonimato. A morte do motorista foi confirmada por familiares à reportagem de O TEMPO.
Informações levantadas por O TEMPO com fontes no local dos disparos indicam que o delegado estava em uma viatura descaracterizada quando foi fechado pelo caminhão, o que deu início a uma discussão. Após algum tempo, o policial teria fechado o reboque da vítima e efetuou o disparo, que atingiu o pescoço do homem. Ao perceber que tinha acertado o motorista, o próprio autor do disparo teria acionado a Polícia Civil e a perícia técnica compareceu ao local, fazendo os levantamentos iniciais na cena do crime.
Quando o veículo da vítima seria removido do local, familiares e amigos do homem baleado protestaram, momento em que um delegado explicou em voz alta que a primeira perícia já tinha sido feita e que uma nova perícia aconteceria em um segundo lugar, não especificado pelo policial. Foi então que a filha dele pediu para entrar no caminhão apenas para pegar o telefone do homem, que estava em um compartimento em baixo do banco do passageiro, e uma blusa de frio. Nenhuma arma foi encontrada no caminhão, conforme constatado pela reportagem que acompanhou a situação.

Vítima chegou a ser encaminhada para o João XXIII

Amigos da vítima informaram que o homem chegou a passar por uma cirurgia no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, no entanto não resisitiu. A vítima deixa quatro filhos – três meninas e um menino. A Polícia Civil atendeu a ocorrência. A Polícia Militar (PM) não teve qualquer atuação no caso.

O que diz a Polícia Civil

 

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil, em nota, informou que o delegado se “apresentou de forma espontânea na delegacia mais próxima”. A arma de fogo dele foi recolhida.

“A Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC) assumiu o caso e está adotando as medidas legais cabíveis. Mais esclarecimentos serão posteriormente repassados à imprensa”, esclareceu.

Matéria atualizada às 20h46

 

Por; O Tempo

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