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Dino: “Combater facção é difícil, mas eles não são invencíveis”

Isaac Amorim/MJSP

O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino afirmou que o combate às facções criminosas é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas forças de segurança do País.

 

Dino lembrou que a luta contra as organizações criminosas já dura décadas no Brasil e admitiu que por muitos anos o tema foi ignorado pela União.

 

Não tenho essa ideia de que o Brasil está perdendo a guerra para as facções

“Esse tema das facções foi evitado pelos governos federais e aqui não me refiro em posição ideológica de um ou outro, mas de um modo geral. Tanto que o Ministério da Justiça não era da Segurança Pública. Hoje, 90% do meu tempo é tratando de segurança, 10% é Justiça”, afirmou ele nesta semana, durante evento em Cuiabá.

 

“O que temos hoje é uma situação grave, sim, que vem de décadas. Lembremos que essas facções surgiram dentro do sistema penitenciário, as duas maiores, e isso já tem 25, 30 anos. Essa é uma dificuldade que temos e estamos enfrentando”, acrescentou.

Apesar de reconhecer o tema complexo, o ministro disse que não há razão para vermos a situação de forma “catastrófica”.

 

Segundo ele, atualmente a pauta de facções é tratada com relevância no Ministério, onde é realizado um trabalho conjunto com os estados para deflagrar operações para combater a atuação dessas facções.

 

Mato Grosso, onde municípios do interior tem sofrido com a guerra entre facções, é uma das regiões que vem sendo contemplada por esse apoio do Governo Federal, de acordo com o ministro.

 

Para Dino, o constante investimento na Segurança Pública dos estados é um dos pontos chaves para acabar com esse problema.

 

“Não tenho essa ideia de que o Brasil está perdendo a guerra para as facções. Olhando o problema de dentro eu vejo um aprimoramento grande das forças de segurança do país inteiro. Temos estatísticas positivas, porém eu acho que a sociedade tem razão em ter cansaço”, disse.

 

“Com essa união acho que é possível [combater], como outros países fizeram. Acredito que é um cenário difícil, mas não é invencível”, completou.

VITÓRIA GOMES E CINTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Isaac Amorim/MJSP

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