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‘Engenhoca’ que vende cigarro e cachaça por R$ 1 chama atenção em bairro de BH: ‘Estão em 2050’

Uma engenhoca para lá de curiosa vem causando alvoroço na internet e entre os moradores do bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte. Trata-se de um mecanismo que oferece cachaça e cigarro 24 horas em troca de R$ 1. O sistema existe desde 2020 e foi criado por Beto Matarazzo, 37, quando o auge da pandemia comprometeu os rendimentos de sua família.

Ao BHAZ, o mineiro conta que teve a ideia de instalar a maquininha em sua antiga lanchonete, na avenida dos Esportes, quando o empreendimento sofreu os impactos da pandemia de Covid-19 e precisou fechar as portas. Quando ainda funcionava, o comércio ficava aberto até as 19h. Acontece que, mesmo depois do expediente, os clientes se acostumaram a bater na porta de Beto e da esposa, Ingrid.

Segundo o vendedor de planos de internet, o casal era chamado às 22h, às 23h e até mesmo de madrugada por consumidores da região. O hábito começou a incomodar a família . “Eles perguntavam: ‘Ô, Beto, cê não tem uma garrafinha de cachaça, um cigarro?’ e tal. Aí eu e minha esposa decidimos fazer alguma coisa. Foi então que comecei a procurar soluções na internet”, narra o empreendedor.

Ideia original

 

“Pesquisei sobre isso e um dia achei um cara que tinha uma máquina parecida, instalada dentro do bar dele, que saía cachaça e cigarro”, explica. O problema é que a ferramenta vendia os produtos separadamente: Beto teve a ideia de juntar as duas oportunidades em uma só e encomendar uma máquina exclusiva.

Desempregado e com o comércio que sustentava a casa fechado, ele contatou um homem com experiência e iniciou o projeto, que custou mil reais. Para custear o investimento, Beto usou o primeiro salário de seu bico como vendedor de salgados. “Eu instalei ela lá na parede de fora da lanchonete em 2020. Até hoje, entra um dinheirinho, mas no começo era novidade. Chegava a pagar as contas da casa”, revela.

Até hoje, quem passa pelo local aproveita para fazer um registro fotográfico. As imagens que circulam na internet são antigas, mas Beto destaca que a invencionice ainda funciona, 24 horas. Ela não rende como antigamente, mas ele segue coletando o dinheiro todos os dias.

E como funciona?

 

Beto explica que a máquina comporta um reservatório que ele enche de bebida – por sinal, fornecida por comerciantes locais. Já em relação aos cigarros, há uma espécie de compartimento, um “bauzinho”. Em vídeo, o mineiro explica como fazer a compra. Vale dizer que o mecanismo só aceita moedas.

O sucesso foi tamanho que a segurança da residência precisou de reforço. Beto recorda um episódio em específico, quando ele e a esposa tomaram um susto. “Entrou um cara dentro de casa e pulou o muro, que é baixinho, quase 5h da manhã. A gente pegou ele no pulo e ele saiu correndo, mas agora colocamos caco de vidro. Não tem como entrar mais”, garante.

“No início, dava muito dinheiro. Chegou a ajudar muito a pagar as contas, mas agora é mais uma diversão, mesmo. Já teve até gente com interesse em colocar em outros bares, mas não tenho muito interesse. Mesmo assim, sempre passo o contato de quem fabricou”.

Nas principais redes sociais, usuários se divertem com a criatividade da maquininha. “Só aguardando a vending machine de pão de queijo quentinho 24 horas”, escreveu uma pessoa. “Eles estão em 2050”, opinou outra.

 

Por; BHAZ

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