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Família de menino que pediu carne de Natal pagou contas, comeu muito churrasco e pensa no futuro: ‘comprar fogão para fazer quitutes’

A mobilização de amigos, familiares, vizinhos e, principalmente, de desconhecidos mudou não só o fim de ano de Hector, mas a vida do menino de 7 anos e de sua família, em Arroio Grande, no interior do RS. Depois de viralizar com uma cartinha para o Papai Noel em que pedia carne para passar o Natal com a família, Hector passou a receber doações de comida e dinheiro de todas as partes do mundo.

Pelo menos R$ 8 mil já estão em posse de Patrícia Froz de Braz, 35 anos, mãe de Hector — o suficiente para pagar as contas atrasadas, restabelecer a energia elétrica e o abastecimento de água na casa e começar a pensar no futuro.

“Estou pensando em comprar um fogão para poder trabalhar, porque o meu só funciona uma boca e não tem forno. Quero fazer quitutes para vender. Pensei também em aumentar a casa, para fazer um quarto para o Hector. Mas quero deixar um pouco do dinheiro guardado, caso as coisas fiquem feias”, argumenta Patrícia.

No que diz respeito a carne, a família perdeu as contas da quantidade doada: foi tanto que algumas peças precisaram ser guardadas em casas vizinhas. Nas últimas duas semanas, Hector comeu tanto churrasco que a mãe precisou impor limites:

Estamos fazendo churrasco seguido para ele. Foi tanto, que agora ele pede e nós precisamos dizer ‘espera, filho, falta pouco para o Natal’. O último foi domingo, durante uma pescaria.
— Patrícia Froz de Braz

Além das doações via transferência bancária, uma vaquinha foi aberta para ajudar Hector, com uma meta de R$ 40 mil. Do valor total, mais de R$ 32 mil já foram arrecadados, com doações de mais de 1,1 mil pessoas. O valor deve ser repassado para a família daqui a 18 dias, quando termina a campanha virtual.

“Não sabes a alegria que estamos. Espero conseguir fazer esse dinheiro render, para não faltar. Se eu pudesse deixar minha casa direitinha para meus filhos aproveitarem, seria ótimo, mas preciso pensar no futuro deles”, diz Patrícia.

G1

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