Uma menina de apenas 4 anos recebeu alta do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), sem realizar cirurgia ou receber encaminhamento para outra unidade de saúde. A mãe da criança, que não será identificada para evitar represálias, denuncia que o hospital também demorou 12 horas para atendê-la.
De acordo com a mulher, que é confeiteira, com apenas 3 meses de vida foi identificado que a criança tem uma fissura no ânus. Até hoje, nenhum médico soube diagnosticar o problema. Inclusive, só indicavam pomada para passar na região. “Não passavam nem exame para pesquisar a fundo o que estava acontecendo”, conta.
Na última quarta-feira (15), a menina começou a passar muito mal, sentindo dor ao evacuar. Além disso, houve episódios de sangramento vaginal.
A mãe da criança correu para o HMC. Entretanto, segundo contou ao , demorou 12 horas para ser atendida na emergência da pediatria. “Negaram atendimento. Na hora que a gente chegou a médica veio toda ignorante, negando atendimento. A secretária, que é a coordenadora da enfermaria e da recepção também super grossa, debochando da nossa cara, foi muito ruim”, detalha.
Com muito custo, conseguiu que a filha fosse internada por uma noite e uma manhã. Logo recebeu alta, pois foi informada que o hospital não realiza a cirurgia específica que a menina precisa passar.
A mulher também não recebeu um encaminhamento, o que é necessário para conseguir uma vaga na internação de outro hospital. “O doutor pediu para procurar uma policlínica ou posto de saúde, pra marcar a consulta pra ela na Santa Casa e ficar internada. Mas chegando lá, a gente não conseguiu. Então ficou pra voltar na terça-feira”.
Nesse meio tempo, a criança está em casa, mas continua evacuando com sangue e muita dor. Além disso, segundo a mãe, ela só urina uma vez por dia.
Desesperada, a mãe não sabe o que fazer. “Ela precisa ser atendida pelo proctologista, mas já me disseram que só atende com 12 anos. Eu vou esperar minha filha fazer 12 anos de idade pra ser atendida?”, lamenta.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O espaço continua aberto para nota.
FOLHAMAX