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Justiça manda Gol pagar despesas de donos de cadela desaparecida em GRU

A Gol Linhas Aéreas deverá custear as despesas com estada e alimentação de Reinaldo Gomes Branco Bezerra Junior e Terezinha Maria Branco Bezerra, donos da cadelinha Pandora, que sumiu durante uma conexão da companhia no Aeroporto Internacional de Guarulhos em 15 de dezembro último.

A determinação é válida por pelo menos 30 dias e poderá ser reanalisada pelo Juízo competente após esse período.

A justficativa da juíza Fabiana Feher Recasens, do Tribunal de Justiça de São Paulo, é que o casal não é residente na cidade de São Paulo e que há esperança de que Pandora possa estar na área abrangida do terminal.

“Infelizmente, nos deparamos com mais um caso de dano animal no manejo errado do transporte aéreo, o que reforça o fato de que as companhias aéreas não têm condição de assegurar a segurança dos pets nessa modalidade de transporte de carga, ratificando nossa luta pela viagem sempre na cabine”, diz o advogado Leandro Petraglia, representante legal dos donos da cadelinha.

A Gol também foi obrigada pela decisão a recontratar o serviço de BuscaPet por mais dez dias a fim de auxiliar os donos da cadelinha, que viajava do Recife (PE) para Navegantes (SC), com escala em São Paulo.

Pandora escapou de sua caixa transportadora, perdendo-se no aeroporto. Os donos, que viajavam no mesmo voo, foram informados do ocorrido durante a parada em São Paulo.

O Procon-SP, que notificou a Gol, havia pedido explicações.

À época, a companhia alegou que Pandora teria destruído a caixa transportadora (kennel) antes de escapar. A Gol também informou que, logo após o desaparecimento, contratou uma empresa para a disseminação e fixação de cartazes pela região do aeroporto, na tentativa de localizar o pet.

Nesta quinta-feira (6), a juíza Fabiana Recasens também determinou à GRU Airport que autorize a entrada dos donos de Pandora e da equipe contratada para buscas em toda a extensão interna do aeroporto, acompanhados por funcionário do terminal, já que se trata de área de segurança.

A GRU Aiport deve ainda apresentar as filmagens internas desde 15 de dezembro – data do desaparecimento de Pandora – para que os autores possam tentar identificar o caminho percorrido pelo animal, facilitando sua localização.

“Agora conseguimos aumentar as chances de encontrarmos a Pandora, pois [a determinação] permite a entrada em locais antes negados pela companhia e pelo aeroporto, e determina a entrega de todas as filmagens ao tutor, que inicialmente alegaram não existir e, depois, foi entregue apenas um trecho. Seguimos esperançosos”, comemora Leandro Petraglia.

Até a publicação desta reportagem, a Gol Linhas Aéreas não havia respondido a nosso pedido por comentários. Se a companhia responder, atualizaremos o texto.

 

Por; R7

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