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Mãe que matou filhas é transferida para hospital psiquiátrico em Goiás

Goiânia – A mãe que confessou ter matado brutalmente as duas filhas de 6 e 10 anos, em Edéia, no interior goiano, foi transferida para um hospital psiquiátrico de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, neste sábado (29/10). A decisão foi da Justiça de Goiás, que já havia exigido uma vaga para a mulher, sob pena de multa de R$ 10 mil, por dia.

Izadora Alves de Faria estava internada de forma provisória no Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, na capital goiana, desde o dia 1º de outubro, após tentar se matar na unidade prisional onde estava detida. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, a mulher foi transferida do complexo prisional por volta das 10h30 deste sábado, com escolta prisional.

Ainda de acordo com o órgão, foi necessária autorização judicial para que Izadora fosse transferida, que só foi concedida na sexta-feira (28/10), a noite.

O pedido de transferência de Izadora atende a um pedido da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), “que representa legalmente Izadora Alves de Faria, a fim de garantir o seu amplo direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade”.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), a vaga aberta na clínica psiquiátrica de Aparecida de Goiânia foi disponibilizada pelo município “mesmo que a cidade não seja pactuada com o município de Edeia” e estando fora de sua competência”.

O pronto-socorro em que Izadora ficou internada durante 28 dias é destinado apenas a avaliação de pacientes e não propriamente a internação.

Crime brutal

 

As irmãs Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro. A mãe confessou que envenenou, afogou e esfaqueou as meninas. A mulher foi encontrada horas depois do crime, escondida em uma região de mata. Ela também havia se envenenado e tentado cortar os pulsos.

“Repugnante e cruel”

 

O juiz de direito Hermes Pereira Vidigal chamou de “extrema crueldade e gravidade” o assassinato de duas irmãs de 6 e 10 anos, praticado pela própria mãe. Ele ainda definiu a forma como se deu o crime como “fria, repugnante e cruel”.

No texto da decisão, o magistrado dimensionou os crimes em palavras. “Deve se ter em mente que os crimes de homicídio qualificado imputado à representada apresentam-se revestidos de extrema crueldade e gravidade, evidenciando uma potencialidade criminosa perigosa para manutenção da paz social, bem assim causou grande comoção na população desta Comarca”, escreveu o juiz em trecho da decisão.

“Vale ressaltar, ainda, que a conduta da autuada é extremamente grave, vez que, em tese, ela, por causa de um suposto relacionamento abusivo de seu companheiro, resolveu tirar a vida das próprias filhas, de forma fria, repugnante e cruel, eis que confessa ter envenenado as crianças, afogadas e eletrocutando-as e, por fim, para certificar que ambas morreriam, desferiu um golpe de faca no peito de cada uma delas. O que evidencia sua periculosidade”, escreveu o magistrado.
Por; Metrópoles
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