Conforme as investigações, o verdadeiro nome do parlamentar é Valdoir Bento Tavares. Ele usava o documento de um parente morto há pelo menos 10 anos, segundo o delegado da Polícia Civil Valmon Pereira da Silva, que investiga o caso.
De acordo com o Ministério Público, mesmo após ter assumido a identidade falsa, o parlamentar continuou cometendo crimes. Na Delegacia de Água Boa, ele é investigado por furto, ameaça, apropriação indébita, receptação, direção perigosa, posse irregular de arma de fogo, entre outros.
Existem ainda, conforme o MPE, fortes indícios de que o vereador também tenha praticado o crime eleitoral, falsificando documento público para fins eleitorais.
“Por isto, a manutenção do investigado como vereador e, pior, presidente da câmara, representa verdadeiro risco à ordem pública”, diz a promotora de Justiça Eleitoral Luane Rodrigues Bomfim.
Ainda nesta semana, os investigadores também cumpriram um mandado de prisão contra o irmão dele, um empresário de Goiás, que não teve a identidade revelada. Os dois são investigados pelo duplo homicídio.
Consta no processo que tramita em Rondônia que Valdoir e o irmão dele, Valteir Bento Tavares, se envolveram em uma briga com outros dois homens na madrugada do dia 1º de janeiro de 2007, por causa de vaga de estacionamento, próximo a uma casa noturna.
Éder da Silva Martins e Edeilson Moura dos Santos foram assassinados a tiros. Outra pessoa que estava com as vítimas também foi baleada, mas sobreviveu porque conseguiu fugir.
O presidente da Câmara foi preso nessa segunda-feira (7) suspeito de duas mortes em janeiro de 2007, em Ariquemes. Os investigadores também cumpriram um mandado de prisão contra o irmão dele, um empresário de Goiás.
Além do duplo homicídio, o presidente da Câmara responde por diversos outros crimes, como ameaça, furto de gado, apropriação indébita e direção perigosa.
A Câmara Municipal de Nova Nazaré informou por meio de nota que o vice-presidente, Marcos Vinicius Xavier de Carvalho (PSDB), assumirá a presidência interinamente. Após ser notificada pela Justiça, o Legislativo afirma que vai tomar as providências cabíveis.
Por; G1 MT