O deputado estadual Júlio Campos disse que por conta das divergências dentro do União Brasil poderá haver uma debandada de filiados para a nova sigla, o PRD (Partido Renovação Democrática).
O novo partido teve a criação aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no início de novembro, e é resultado da fusão entre o Patriota e o PTB, mantendo o posicionamento político à direita.
Júlio contou que tem conversado com lideranças do novo partido, mas que a possível debandada ainda não está definida.
Não há decisão ainda, mas que o ambiente é favorável para um possível racha no União Brasil, é
“Estamos conversando. Tudo é possível. Não há decisão ainda, mas o ambiente é favorável para um possível racha no União Brasil”, disse o parlamentar.
O União, que em Mato Grosso é presido pelo governador Mauro Mendes, vive uma crise interna por conta das eleições municipais do ano que vem.
Parte da sigla apoia a candidatura do deputado estadual Eduardo Botelho, já o núcleo do governador quer o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia como candidato.
Há ainda uma divergência quanto às atribuições dadas aos membros do diretório estadual do União, e isso fez com que o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco deixasse a secretária geral da sigla.
“O sistema do TSE exige uma senha [para credenciar comissões provisórias]. E essa senha, ao invés de ficar na mão do secretário-geral, que é o homem encarregado do partido, ficou na mão do Aécio Rodrigues, que é tesoureiro. Tesouraria é assunto financeiro, não é assunto de comissão provisória. Secretária-geral é quem organiza o partido”, explicou Júlio.
Thiago Bergamasco/TCE-MT
DA REDAÇÃO