O pai de santo Francisco de Assis Maximiliano, de 44 anos, foi condenado a 113 anos de prisão por estupros contra cinco adolescentes, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF. O réu está preso desde janeiro de 2020 e, segundo as investigações, ele usava de rituais para abusar das vítimas que, à época, tinham entre 12 e 14 anos.
Em nota à TV Anhanguera, a defesa de Francisco disse que entrar com um recurso no Superior Tribunal de Justiça.
O julgamento foi em segunda instância e aconteceu na última segunda-feira (7). O réu era acusado de crimes sexuais contra seis pessoas, mas a Justiça decidiu que, em um dos casos, o crime prescreveu. O pai de santo segue detido em regime fechado.
As investigações apontaram que os crimes começaram a acontecer em 2012, mas só em 2020 as vítimas tiveram coragem de se reunir e denunciar o pai de santo, após a mãe de uma delas tomar conhecimento do fato e encorajá-la.
Relato das vítimas
Entre as cinco vítimas, duas mulheres decidiram romper o silêncio de oito anos para contar sobre ameaças de morte e abusos cometidos pelo pai de santo. Sem expor a identidade, uma das vítimas relata ter recebido ameaças de morte contra sua família, caso denunciasse os abusos a qualquer pessoa (assista aos relatos abaixo).
“Ele falava para a gente que poderia matar minha mãe com feitiço ou poderia matar meu pai, minha família”, denuncia uma das vítimas.
Em busca de ajuda espiritual, a mulher disse ter se deparado no terreiro “com um tarado”. Outra vítima relata que sofreu “tudo quanto era tipo de abuso”. Ela alega que também era ameaçada: “Falava para a gente que, se a gente denunciasse, ninguém ia acreditar porque ele era pai de santo, era poderoso”.
Segundo a delegada Silzane Bicalho, os abusos aconteciam no terreiro e em motéis da região. O homem oferecia bebida alcoólica às meninas com a obrigação de praticar atos sexuais.
“Ele tem um terreiro e utilizava rituais para abusar das meninas. Durante banhos de ervas, elas ficavam nuas e eram abusadas sexualmente. Ele dava bebida alcoólica”, relata a delegada.
Por; g1