O delegado Guilherme Bertoli, responsável pela investigação sobre um grupo de seis homens envolvidos no chicoteamento do joalheiro L.J.E.S., 31, em maio, em Cuiabá, disse que a Polícia está no rastro dos três ainda foragidos.

 

São eles Guilherme Augusto Ribeiro, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e José Augusto de Figueiredo Ferreira. Na segunda-feira (25), Sérgio da Silva Cordeiro se entregou na delegacia.

 

“Dois dos criminosos, que são os irmãos, os mais bravos, esses covardes, nós temos informação da cidade em que eles estão. Então nós estamos levantando e em questão de tempo, de poucos dias ou de horas, iremos colocar as mãos nesses criminosos e colocá-los à disposição da Justiça”, disse o delegado em entrevista ao SBT Comunidade.

 

“A gente sabe da procupação deles. Desde a divulgação do vídeo esses covardes estão se escondendo, com receio da prisão […] Estamos recebendo informações inclusive de cobradores que atuam de forma mais legítima, sem agressão. Porque não tem crime você fazer a cobrança, o crime de extorsão configura com o exercício da agressão, da grave ameaça”, disse.

Conforme a investigação, o caso do chicoteamento aconteceu em um terreno na Avenida Miguel Sutil, na Capital, quando os empresários Rafael Geon e Bruno Rossi contrataram quatro cobradores para reaver dívidas com o joalheiro L.J.E.S.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após os empresários atraírem L.J.E.S. até o posto Bom Clima, os cobradores o colocaram em um carro e o levaram para esse segundo lugar onde houve as agressões.

 

O pai da vítima, ao saber da situação, foi até a delegacia denunciar o caso. Pouco tempo depois, os empresários foram detidos. Por medo, L.J.E.S. negou que eles tivessem envolvimento no crime, sendo então liberados.

 

“Para nossa surpresa, devido à forma estabanada desses covardes que agiram com o chicote, burros, que ainda gravam o modo de execução do crime, esse vídeo viralizou depois de três meses da condução”, disse o delegado.

 

“Então, com a análise do vídeo foi possível comprovar que a vítima realmente isentou os cirminosos por temer pela própria vida e a dos familiares”.

 

Prisão

 

Na quarta-feira (20), Rafael e Bruno foram presos em Cuiabá, durante a Operação Piraim, da Derf. Ambos foram localizados em suas residências, nos Bairros Alvorada e Rodoviária Parque.

Após passar por audiência de custódia na quinta-feira (21), a soltura de Rafael foi determinada pelo juiz João Bosco da Silva. Conforme os autos, o magistrado levou em consideração o fato do investigado ter um filho de 5 anos, autista, além da gravidez de sua esposa.

 

O empresário terá que cumprir medidas cautelares, como a proibição de se ausentar da comarca sem autorização, não poder frequentar bares, além de dever comparecer em todos os atos processuais.

 

Ele também não poderá mudar de casa e está proibido de fazer contato com a vítima e outros investigados.

 

Assista à reportagem abaixo:

 

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO Midia News

PJC-MT