Farra sexual com mulheres e chefes de facção dentro de presídio derruba diretores de unidade

Uma “farra sexual” entre mulheres e chefes de uma facção criminosa em uma unidade prisional do Rio terminou com dois diretores exonerados nesta terça-feira (11).

Além do diretor e do subdiretor, um chefe de segurança também foi exonerado. Outros seis servidores que estavam de plantão naquele dia serão transferidos para outros presídios fora de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

A ” farra” ocorreu na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), no dia 23 de dezembro de 2021. O benefício teria ocorrido depois do pagamento de propina a policiais penais. A Secretaria de Administração Penitenciária investiga o caso.

Os presos que participaram, segundo as investigações, foram membros do Terceiro Comando Puro, incluindo chefes da facção criminosa:

  1. Marcelo Santos das Dores , o Menor P, chefe do tráfico do Complexo da Maré
  2. Anderson da Silva Verdan, o Bamba, chefe do tráfico do Para Pedro, em Colégio
  3. Thiago de Souza Cheru, o Dorei , gerente do Complexo de São Carlos
  4. Thiago Rodrigues da Silva, o TH ou Gordão, gerente da Favela da Quitanda, em Costa Barros
  5. Luís Alberto Santos de Moura, o Bob, chefe do tráfico do Caju
  6. Luís Augusto Ribeiro Campos, o Tribolado, gerente da Cidade Alta
  7. Juliano, o Juliano da Vila, gerente da Vila aliança, em Bangu
  8. Emerson Brasil da Silva, o Raro, chefe do tráfico do Morro da Pedreira, em Costa Barros
  9. Dourado, maior matuto do Paraná, que está na galeria de TCP por ser amigo e fornecedor do Capilé, do Acari

 

Todos os presos, tirando Luiz Alberto Santos de Moura, o “Bob do Caju”, tinham registros de entradas de visitantes adotados no livro de visitas feminino.

Os nove presos suspeitos de visita íntima irregular serão transferidos para o presídio Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1).

Investigações

 

A Secretaria de Administração Penitenciária recebeu a denúncia na primeira semana do ano.

De acordo com o mapa de Parlatório, houve 15 visitas íntimas no dia 23 de dezembro. Posteriormente, imagens indicaram que pelo menos 27 mulheres estiveram na galeria destinada às visitas íntimas dos presos.

A Seap investiga se os presos entraram nas galerias para receber a visita de pátio, mas foram em seguida direcionados para a visita íntima.

Na última sexta-feira (7), o juiz Bruno Rulieri, da Vara de Execuções Penais (VEP) determinou uma busca e apreensão na unidade para apurar a entrada irregular de mulheres para os chefes do tráfico.

Os presos foram colocados em isolamento após determinação da Corregedoria da secretaria.

 Por; G1