Morador processará vizinho por treta com sofá em Águas Claras. Entenda

Após ter o nome, endereço e profissão expostos em um grupo de moradores de Águas Claras, devido a um guindaste usado para colocar um sofá na sala de casa quebrar uma calçada na região, o empresário Rodrigo Robert, de 43 anos, planeja ajuizar uma ação judicial contra o grupo de vizinhos que deu publicidade ao caso nas redes sociais.

A publicação foi ao ar na tarde de sexta-feira (24/12), no Facebook e Instagram da Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac). Na imagem, o caminhão iça o sofá, para colocá-lo dentro do apartamento. Em outra foto, o flagrante da calçada quebrada, por conta do peso do guindaste.

“Além de termos calçadas insuficientes, as que temos são destruídas por interesses particulares”, diz um trecho da postagem. “Aliás, segundo foi apurado, ele é proprietário de imobiliária e sabe como isso desvaloriza um imóvel, além de prejudicar os pedestres”, dizia o post.

 

Ao Metrópoles, Rodrigo contou ter sido pego de surpresa com toda movimentação. “A gente nunca espera que isso aconteça. Temos muito cuidado na minha empresa com a comunicação, usamos esse canal para chegar até o cliente, mas infelizmente o autor da postagem não teve o mesmo cuidado. Eu fui colocado em um lugar onde eu não esperava”, revela.

De acordo com o empresário, assim que um vizinho se manifestou no grupo do prédio, ele reforçou que aquele era o único caminho para o móvel entrar no condomínio e que o estrago seria reparado. “Mas parece que foi o mesmo que não falar nada”, lamenta.

“Ele [autor da publicação] podia no mínimo ter omitido o nome e o número do apartamento. Não havia necessidade de ele me expor daquela maneira. Eu mandei mensagem para ele me explicando”, reforça. “Prezo muito pela imagem da minha cidade e fui colocado como destruidor de calçadas. Eu fui lá e me identifiquei, dei causa ao problema e informei querer resolver”

 

Rodrigo é morador de Águas Claras há 12 anos, mas apenas há dois meses está no novo endereço. “Já acionei o corpo jurídico da minha empresa, vamos reivindicar a reparação da minha imagem e da minha família. Tem dois meses que estou no condomínio e fui colocado no olho do furacão. É uma situação muito constrangedora”, comenta.

“Vou buscar esse desdobramento para que as pessoas tenham mais responsabilidade. É questão de saúde. A gente tem visto pessoas se matando por questão de cancelamento, elas agridem sem saber. Fiquei impressionado com tantas mensagens”, finaliza.

Outro lado

 

Román Dario, um dos administradores da Amaac no Facebook, informou ter recebido “a denúncia de um vizinho e não tinha os dados de contato do proprietário. Após a postagem, o dono do imóvel procurou a associação, comprometendo-se a consertar a calçada e se identificando”, disse.

Questionado sobre um eventual processo movido pelo dono do imóvel, Román reforçou que foi divulgado apenas o primeiro nome e iniciais da pessoa. “Não houve divulgação de nome da imobiliária. Quanto ao apartamento, publicamente se vê o sofá sendo entregue na unidade 102”, defende.

 

METRÓPOLES