O companheiro de Roberta Lopes dos Passos, Leandro Akajhdfud, disse nesta quarta-feira (22) ao g1 que a professora realizou os procedimentos de abdominoplastia, mamoplastia e lipoaspiração abdominal em 15 de dezembro.
Após uma hemorragia, Roberta foi encaminhada, no dia seguinte, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração em Balneário Camboriú, onde está desde então.
“Ela hoje está com um problema no fígado, no rim e a pressão muito baixa. Ela está em coma induzido. Estamos à espera de um milagre”, disse o companheiro de Roberta, Leandro Akajhdfud.
A família suspeita que algo deu errado após a cirurgia “e isso não foi visto a tempo”, disse Leandro.
“Ela passou a noite inteira sentido muita dor e ninguém chegou para ver isso. […] Quando minha sogra relatou ao cirurgião que a Roberta não estava bem, esse disse que não falaram pra ele”, disse
Leandro também contou que contratou um advogado para investigar o caso para saber se houve algum tipo de negligência, omissão ou falha médica, “A gente só quer Justiça”, disse.
O g1 entrou em contato com o cirurgião apontado como responsável pelo procedimento de Roberta, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
Leandro conta que todo o procedimento levou aproximadamente seis horas. Foi a mãe de Roberta que acompanhou a filha após a cirurgia.
“Ela [Roberta] perguntava para a minha sogra se a cinta estava muito apertada porque ela estava sentido muita dor no abdômen. Mas o médico toda hora falava que aquilo era normal. Ela passou a noite toda assim”, disse o marido.
No dia seguinte, durante o período da manhã, a situação de Roberta piorou.
“Minha sogra notou que ela estava tendo falência. E aí ela saiu berrando pelos corredores do hospital. Os médicos apareceram e levaram ela para o centro cirúrgico. Lá notaram a questão da hemorragia. Para realizar a transferência, por estar muito debilitada, ela teve que receber bolsas de sangue”, relembra o marido.
Leandro ainda diz que recebeu informações desencontradas por parte dos médicos que atenderam a companheira durante o processo de transferência para outro hospital, uma vez que a unidade de saúde em que ela estava não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Quando ela estava na maca da ambulância a anestesista que estava junto com o cirurgião me falou de uma parada cardíaca. E que havia sido muito rápida. Mas depois, conversando com o médico no hospital, ele me disse que no prontuário dela constam oito minutos de parada. Lá tratavam um caso que estava apenas demandando cuidados, mas quando chegou aqui [no hospital de Balneário Camboriú] já me disseram que o estado dela era super grave, com risco de óbito. E nada disse foi dito pra gente”, disse.
O marido conta que Roberta planejava a cirurgia desde o começo de 2021.
“Ela tinha os seios muito grandes e vinha atrapalhando há anos a coluna dela. A primeira ideia era só fazer a redução de mamas e colocar a prótese. Mas depois, por uma questão estética, ela resolveu fazer estes outros procedimentos”, explicou.
Roberta é mãe de dois meninos, um de três e outro de seis anos.
“Eles [os meninos] pedem por ela todo o dia e toda a hora. Mas estamos acreditando que possa acontecer um milagre”, conclui.
Nas redes sociais amigos e familiares pedem por orações para a professora.
G1