Ibama destrói 23 dragas em terra indígena ameaçada por garimpo

O Ibama destruiu 22 escavadeiras hidráulicas e 23 dragas em mais uma operação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, no Oeste de Mato Grosso.

 

A ação resultou ainda na inutilização de três motos e uma balsa de mergulho.

 

A fiscalização, que começou na segunda-feira (25), ocorreu em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, Funai, Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Militar de Mato Grosso.

 

Em julho, já haviam sido inutilizadas 21 escavadeiras hidráulicas e 25 motores estacionários.

A TI Sararé está localizada nos municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Via Bela da Santíssima Trindade. Aárea foi homologada em 1985 e é ocupada tradicionalmente pelo povo Nambikwara.

 

Em 2023 houve expressivo aumento de alertas de garimpo no território. De acordo com a plataforma +Brasil, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, entre janeiro e setembro a TI Sararé registrou 1.104 alertas, o que corresponde a 4,79 km² de área destruída. No mesmo período de 2022 foram registrados 150 alertas, aumento de 636%.

 

Esse aumento pode ser explicado pela intensificação da atuação do Ibama nas demais áreas de garimpo, como na TI Yanomami e região do Tapajós, forçando a migração da atividade garimpeira para áreas que estavam fora do foco da fiscalização.

 

A facilidade logística para acesso à TI Sararé também é fator chave para a ampliação rápida da atividade ilegal na área.

 

A TI Sararé ocupa, neste ano de 2023, o segundo lugar no ranking de alertas de garimpo dentre todas as TIs do Brasil, ficando apenas atrás da TI Kayapó, que contabilizou 1.351 alertas, seguida pelas TIs Yanomami e Munduruku.

 

Em todas essas TIs houve queda nos alertas de garimpo, com exceção da TI Sararé, onde foi registrado expressivo aumento.

DA REDAÇÃO MIDIA NEWS

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