Garoto de 6 anos fica um mês sem ir à escola após quebrar a perna, e colegas vão à casa dele para aula surpresa

Um menino de 6 anos quebrou a perna há cerca de um mês e, por orientação médica, estava desde então sem ir à escola no Crato, na região do Cariri, no Ceará. Vitor Manuel sentia falta do convívio com os amigos e das aulas na escola, mas não imaginava a surpresa que teria: os colegas de turma foram até a sua casa para uma “aula de campo especial”. O resultado foi muita alegria e sorriso no rosto. A aula surpresa aconteceu na quarta-feira (13).
A visita a Vitor surgiu de uma ideia da professora dele, Maria Fagna. Ao g1, ela disse que não só Vitor sentia falta da escola, mas ela e os colegas de turma já não aguentavam mais de tanta saudade.
“No decorrer, no início da semana, a gente mandava as atividades e eu postava, enviava para a mãe, vídeos, aulas gravadas para Vitor assistir para não perder o conteúdo. A gente foi sentindo tanto a falta do Vitor na sala, e a gente foi se perguntando: ‘como é que Vitor está?’. Diariamente os coleguinhas também perguntavam como é que ele estava”, relata.
Fagna entrou em contato com a mãe de Vitor para obter informações sobre ele.
“A ideia surgiu quando eu entrei em contato com a mãe para fazer uma visita. Primeiramente eu queria fazer a visita para ver o espaço e saber se dava certo fazer uma aula lá, para levar as crianças. Na semana seguinte, eu já organizei todo mundo, pensei na ideia, sugeri para as coordenadoras e elas aprovaram imediatamente. Foi uma mega chuva de manhã e a gente achou que não ia dar certo, mas deu certo, sim. Recebemos todos, de um por um, brincamos, conversamos, os colegas amaram estar com ele”, destaca.
‘Amor e empatia’
Mãe de Vitor, a jornalista Emanuelle Lobo conta que o filho brincava de futebol quando se acidentou e quebrou a perna. Os médicos indicaram que ele ficasse um mês sem colocar o pé no chão e que ele se recuperasse em casa, sem comparecer à escola.
“O que eu não imaginava é que, mesmo com toda a atenção da escola e da professora em enviar as atividades e vídeos, mesmo ele estando com atestado médico, elas pudessem vir ao encontro de meu filho”, relata Emanuelle.
Nem a chuva que atingia a cidade na manhã da visita a Vitor impediu que os colegas fossem até a casa do garoto. “Eles chegaram, um a um, curiosos para saber do amiguinho e cheios de carinho e saudade. Foi uma manhã linda, envolta de amor e empatia. Estudaram e brincaram na garagem, dividindo risos e novas descobertas”, conta Emanuelle, feliz com o apoio recebido pelo filho.
Por; G1