Diretor é encontrado morto e amarrado dentro de escola no Pará

Omar de Araújo Linhares, 63 anos, foi encontrado morto e amarrado em uma escola, na noite desta quarta-feira (15), no bairro do Coqueiro, em Belém/PA. De acordo com informações da polícia, o homem era diretor e dono da Escola Reverendo João Batista, instituição particular de ensino fundamental e médio, localizada na passagem Santa Maria. O celular da vítima foi roubado, assim como outros pertences ainda não identificados. O crime, portanto, será investigado como latrocínio. A escola já havia sido assaltada outras vezes. Ninguém foi preso.
Testemunhas relataram à polícia que, na noite desta quarta, os alunos fariam prova, a qual seria aplicada pela vítima. Além de lecionar, Omar costumava abrir e fechar o local. Uma estudante foi a primeira a chegar à escola, por volta das 18h30, e se deparou com o corpo do diretor jogado ao chão. Ele estava com as mãos e pés amarrados, além de um fio enrolado no pescoço.
O local estava todo revirado, segundo a polícia. O celular da vítima foi roubado, o que aponta para um caso de latrocínio. Além disso, alunos relataram que esta quarta-feira seria dia de Omar receber o dinheiro referente às mensalidades escolares.
A Polícia Científica do Pará foi acionada para fazer a análise da cena do crime e remoção do cadáver. Equipes das polícias Civil e Militar também foram ao local para acompanhar o trabalho dos peritos, bem como levantaram as primeiras informações e elementos que poderão ajudar nas investigações. Ao final do trabalho das equipes policiais, familiares, amigos e moradores das proximidades da escola homenagearam Omar com aplausos. Durante esse momento, a família também pediu justiça para o caso.
O perito Nazareno Melo, da Polícia Científica, explicou que o crime pode ter sido executado por uma pessoa conhecida de Omar.
“As lesões são muito fracas nele, para ter causado a morte. Isso leva a crer que a pessoa que entrou é conhecida, que só fez imobilizá-lo, para furtar alguma coisa”, observou.
“Ele estava com aspecto de que, ou sofreu um infarto ou foi asfixiado, mas sem uma pressão muito grande no pescoço. A gente vai ter que aguardar a necropsia para saber. Estava tudo revirado. Tinha muito caderno, livros no chão. Sentiram falta do celular dele e de um outro objeto. Ele estava dentro de um espaço que funciona como se fosse uma secretaria, onde ele guardava todo o material didático dele. Ele abriu o portão para uma pessoa que ele conhecia. Essa pessoa tentou furtar alguma coisa”, reforçou o perito.
Por; O Liberal
Foto; reprodução