Pecuaristas têm R$ 667,2 milhões bloqueados pela justiça por arrendamento ilegal em terra indígena

A Justiça Federal bloqueou R$ 667,2 milhões das contas de pecuaristas que arrendavam, de forma ilegal, áreas no interior da Terra Indígena Marãiwatsédé, região de Alto Boa Vista/MT e Bom Jesus do Araguaia/MT, a 983 km de Cuiabá. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) de Barra do Garças/MT.
No documento, também está estabelecido que os arrendatários devem pagar, durante 24 meses, os valores que haviam sido acordados pelo arrendamento irregular, mesmo com a retirada do gado da área, num total de R$ 737 mil por mês.
A Justiça ainda determinou a proibição da exploração econômica das áreas no interior da Terra Indígena Marãiwatsédé, sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil para cada arrendatário.
Os valores serão designados às comunidades indígenas afetadas, por transferência para a conta da Associação Boiu Marãiwatsédé, e um representante deverá apresentar à Justiça, trimestralmente, prestação de contas com petição assinada por advogado, acompanhada de laudo ou relatório produzido por profissional de contabilidade, com detalhes das destinações realizadas.
A ação tem como objetivo condenar os envolvidos na reparação dos danos provocados em razão da degradação ambiental e social, provocada pela exploração ilegal de pecuária no interior da Terra Indígena Marãiwatsédé. A situação foi alvo da Operação Res Capta, da Polícia Federal e do MPF.
Por; G1 MT