Em vídeo, Garcia afirma que ‘sonho não acabou, foi adiado’

Reprodução
Em silêncio nas redes sociais por horas após anúncio do partido sobre apoio ao oponente deputado Eduardo Botelho, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), se pronunciou no fim da tarde desta quinta-feira (15). Ele lamentou a escolha do grupo e garantiu que “o sonho não acabou”. Ele ainda enumerou os objetivos que tinha para Cuiabá, caso eleito para chefiar o município.
Em vídeo publicado em seu perfil, citou que durante os últimos meses defendeu uma proposta diferente da atual gestão para a cidade. Ele ainda destacou “a coragem de criticar e combater os desmandos que acontecem em nossa capital”. Apesar da insinuação clara, ele não menciona o prefeito Emanuel Pinheiro.
“Sonhei em construir uma Cuiabá que nos orgulhe. Sonhei em resgatar a nossa querida Cidade Verde. Porém, infelizmente, a escolha do meu partido foi outra. Mas quero dizer que o sonho foi adiado, mas não interrompido. Estou de cabeça erguida, com a alma serena, com o coração machucado, sim, mas com a consciência tranquila de quem fez uma caminhada leal e honesta. Combati o bom combate e guardei a fé, fui correto e fui leal”, disse em trecho da publicação.
Apesar da visível decepção, afirmou que construiu a candidatura com honestidade e lealdade total ao grupo político. “Nunca cogitei desistir, negociar minha posição e nem negociar o futuro de Cuiabá, pois nunca se tratou do poder pelo poder, a qualquer custo, mas sim de um sonho de cuidar da minha cidade”, continuou.
Em meio a imagens com apoiadores, agradeceu às pessoas com quem esteve nas ruas e também a família por compreender “a ausência na busca desse sonho”, como definiu.
Em tom de declaração de amor à Capital, finalizou com “Gratidão eterna a todos. Te amo Cuiabá”.
A escolha por Botelho ocorre após meses de negociações, período em que Mendes garantiu que Garcia era seu favorito para disputar Cuiabá. Apesar de todas as declarações contrárias, Botelho não desistiu e esperou até o último minuto por uma resposta oficial do governador, que não tinha dito categoricamente nem sim, nem não. Assim, mesmo com assédio de outros grupos, o presidente da Assembleia Legislativa não migrou para outra sigla.