Acusado de desviar R$ 2,5 mi, ex-gerente da CEF atua como empresário em MT

O ex-gerente da Caixa Econômica Federal preso numa operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (22) é Arthur Timo de Sá, 32 anos, que também figura como empresário ligado a duas empresas em Mato Grosso. Uma delas é a Guiller Indústria e Comércio  de Produtos Veterinários Ltda e a Cryptomining Tecnologia da Informação Ltda, cuja atividade principal é consultoria em tecnologia da informação. Somados, o capital social das empresas é de R$ 3,4 milhões.

Arthur consta como sócio-administrador nas duas empresas, um situada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, e outra no município de Vera (458 km de Cuiabá).

As investigações da PF no bojo da Operação Abusu Fiducia apontam que o ex-bancário operou o esquema desvio de dinheiro da Caixa Econômica Federal por meio de abertura de contas falsas e simulação de empréstimos, no período de janeiro de 2020 até dezembro de 2021. Ele é acusado de ter desviado R$ 2,5 milhões do banco federal.

A 5ª Vara Federal de Mato Grosso expediu dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária que foram cumpridos por agentes da PF nesta terça-feira. Também foi determinado sequestro de bens móveis e imóveis em nome do ex-gerante.

Os mandados foram cumpridos num apartamento situado em Cuiabá, pertencente ao ex-gerente Arthur Timo. Fotografias feitas no local mostram os agentes vasculhando computadores e caixas de papelão com dezenas de papeis que seriam documentos de interesse da investigação.

Em um dos cômodos do apartamento, que aparenta ser um quarto onde ele guardava as “bagunças”, é possível visualizar uma cartolina fixada na parede com diversas anotações. Dentre elas contam detalhes sobre contas de energia, água, imposto de renda, obras, e despesas relativas a condomínio (Belvedere I e Belvedere II).

Nas anotações, constam detalhes relativos à defesa na esfera cível e criminal além de bens que precisam ser quitados, dentre eles dois terrenos, sendo um no Condomínio Belvedere I, empreendimento de luxo situado no bairro Jardim Imperial, em Cuiabá. Outra anotação diz respeito à transferência de um veículo Mercedes e uma motocicleta.

A Polícia Federal informou que, além da prisão do ex-gerente, outro objetivo das investigações é tentar recuperar os R$ 2,5 milhões do prejuízo causado à Caixa Econômica Federal.

Conforme a PF, as investigações foram iniciadas em 2022. De lá para cá, foi constatado que Arthur Timo de Sá criava contas bancárias falsas, incluía outras pessoas em contas de empresas e simulava diversos empréstimos. Depois, o dinheiro era movimentado entres diversas contas até chegar em sua própria conta bancária.

 

Por; Folhamax