Advogados dos policiais acusados de assinarem o Beto Caça e Pesca diz que seus clientes são inocentes

Na tarde da última terça-feira (19/07), o advogado dos dois policiais acusados de terem assassinado o empresário Gilberto de Oliveira Couto, conhecido como “Beto Caça e Pesca”, ocorrido no mês de maio de 2021, em Guarantã do Norte/MT, disse em uma coletiva de imprensa que seus clientes são inocentes e que, estão cometendo uma injustiça.

O advogado dos dois suspeitos, Dr. Mario de Deus e a advogada da Associação dos policiais Militares de Sinop, cidade a qual os dois policiais, eram lotados, Dra Morgana Magalhães, estão pedindo que sejam revistos uma vez que, há muitas falhas  no inquérito aonde acusa os seus clientes sendo eles Fábio Fonseca Francosso e Marcelo da Costa, ambos soldados da policia militar de Sinop/MT.

Segundo o advogado o processo não trouxe uma prova concreta em que os dois participaram da empreitada criminosa, ele alega que, o processo trás uma foto de um carro marca virtus, alugado por um dos suspeitos, aonde a policia alega o neste carro estavam os ocupantes que assassinaram o empresário.

O Advogado aponta varias falhas nas investigações, uma é referente o carro em que aparece na filmagem, no inquérito diz que, ao irem localizarem a casa do Beto, o referido carro estava sem a placa e quando foram cometer o crime, eles colocaram a placa no carro, uma vez que, na filmagem este carro aparece sem a placa. “Inutilmente um raciocínio desses, eu nunca vi uma pessoa sair para matar uma pessoa colocar uma placa de identificação no carro”, alega o advogado.

Outro ponto é de que as imagens apresentadas no processo são de dois carros diferentes, segundo o Dr. Marcio, em uma parte da filmagem o carro tem uma antena traseira, em outra parte o carro que aparece não tem essa mesma antena. Outro ponto é que o primeiro carro que passa averiguando aonde a vítima residia, tinha uma sujeira na roda, já o segundo carro não apresentava a sujeira.

O Dr. Marcio ainda aponta outra falha, ele disse que, uma testemunha ocular, disse que o carro onde estavam os assassinos era um carro da marca Astra branco. “meus clientes estão sendo acusados de terem vindo de Sinop/MT para Guarantã do Norte/MT  em um veiculo marca Virtus, para assassinar o Beto, com tudo a testemunha ocular do fato, diz que, o carro com os supostos assassinos é um Astra branco, então não pode ter sido eles”, alega a defesa.

A defesa ainda acrescenta que na noite anterior ao crime o soldado Fonseca, estava em uma pizzaria em Sinop, aonde o mesmo postou foto na sua rede social, com sua família e amigos, neste estabelecimento comercial, além dos comprovantes de pagamentos e é acusado de ter cometido o assassinato no dia seguinte. A defesa, ainda  alega que, no inquérito diz que ele veio para Matupá/MT, depois voltou para Sinop/MT, buscar o outro soldado e que, eles pousaram em um prostíbulo em Guarantã do Norte/MT.

Para a Dra Morgana, as falhas nos processos são desde o inicio do processo quando foram oferecida e recebida às denuncias, aonde todos diligencias da defesa foram negados, como quebra de sigilo telefônico e bancário. Ela ainda alega que não foi reconhecido o mando do assassinato e por qual motivo mataram o empresário. “As referidas filmagem passou por uma pericia, além das questões das placas e a antena no carro, ainda há outra questão que é o cenário da rua, já que em determinado momento há uma árvore, e logo depois essa mesma árvore não consta nas imagens, com tudo isso foi ignorado no processo”, observa a advogada Morgana.

 

Por Célio Ribeiro/Roteiro Notícias