Ano de Mendes tem crescimento, nova 163 e impasse por reforma

Governador de Mato Grosso termina primeiro ano de seu segundo mandato com dados positivos

Secom

O governador Mauro Mendes iniciou seu segundo mandato em 2023

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Em 2023 o governador Mauro Mendes iniciou seu segundo mandato no Palácio Paiaguás após ser reeleito com mais de um milhão de votos dos mato-grossenses.

 

Ao longo do ano Mendes foi apontado como o terceiro governador mais bem avaliado do país, com 81,1% de aprovação no Estado, segundo a pesquisa nacional do Instituto Veritá.

 

O governador também colocou fim em um dos maiores entraves de Mato Grosso ao assumir a concessão da BR-163 para dar início às obras de duplicação da rodovia.

 

Apesar destas vitórias em 2023, Mendes também precisou lidar com alguns obstáculos na gestão e impasses com o Governo Federal.

 

No entanto, mesmo com as dificuldades, novamente Mato Grosso conseguiu alcançar o crescimento econômico.

 

Reforma Tributária

 

Com indicação de prejuízo na arrecadação para Mato Grosso caso o texto original da Reforma Tributária não fosse alterado, Mendes passou meses indo para Brasília e teve reuniões com o relator da proposta para tentar negociar mudanças na matéria.

 

Entre os pontos defendidos pelo governador estava permanência do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) em Mato Grosso, já que o texto tinha intenção de extingui-lo.

 

Após idas e vindas entre a Câmara dos Deputados e o Senado, a Reforma Tributária foi aprovada com algumas mudanças, mantendo fundos como o Fethab.

 

Parque Nacional de Chapada

 

Governo de MT

BRT

Obras do BRT começaram em Várzea Grande este ano

Outro impasse que o governo enfrentou e ainda segue tendo, desta vez com o Governo Federal, é a estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

 

O local foi repassado à empresa Parques Fundos de Investimentos, que ganhou o leilão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

 

Porém, o governador defendeu que o Estado administrasse o parque, criticando os “preços exorbitantes” que a empresa poderá cobrar do turística e o investimento “pífio” que será feito no local.

 

Mendes prometeu um investimento de R$ 200 milhões em três anos no local e chegou a ir a Brasília pedir ao Governo Federal a cessão do parque, que foi negada.

 

Este ano outro fato que agravou este imbróglio foram os deslizamentos que ocorreram no trecho do Portão do Inferno na MT-251.

 

Com risco de desmoronamento, o Estado ainda não pôde resolver o problema por não ter autorização para fazer obras no paredão.

 

BR-163 e BRT

 

A gestão Mendes também teve avanço na infraestrutura.

 

Foi em 2023 que as obras do BRT tiveram início em Várzea Grande e colocaram fim ao fantasma do VLT (Veículo Leve sob Trilhos) que ainda pairava no município.

 

Em Cuiabá os preparativos para o início da construção já começou, porém as obras em si só terão início em 2024.

 

Outra vitória do governador foi a concessão da BR-163, conhecida como “rodovia da morte”. Há anos o Governo do Estado aguardava pela pavimentação e duplicação da estrada. E a solução encontrada foi o Estado assumi-la.

 

Em Mato Grosso, a Concessionária Rota do Oeste assumiu a rodovia em março de 2014, com o compromisso de duplicar 453 quilômetros da BR-163, nas regiões Norte e Sul do Estado. No entanto, apenas 120 km de duplicação foram entregues.

 

Foi este ano que o governador propôs comprar a concessão da controladora Odebrecht por R$ 1, e quitar parte da dívida de R$ 920 milhões contraída com bancos para as operações da empresa, repassando, à vista, R$ 450 milhões.  A partir daí, a Nova Rota do Oeste, como a empresa passou a ser chamada, deu início às obras de melhoria na rodovia.

 

Agropecuaria

Agropecuária cresceu 18,9% este ano

Economia

 

A economia mato-grossense seguiu crescendo em 2023. Para se ter uma ideia, o Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso cresceu 6,7% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022.

 

O setor que apresentou maior crescimento no segundo trimestre deste ano foi a agropecuária com 18,9%, devido ao aumento da produção na agricultura, em especial no cultivo da soja, algodão e do milho.

 

Mas a falta de chuvas no segundo semestre trouxe peocupação, uma vez que vai impactar na safra de milho e soja, principalmente.