Aplicação de adjuvante pode auxiliar na melhora da performance das plantações de algodão em MT

A aplicação de adjuvantes auxilia na melhora da performance das lavouras e reduz os riscos da produção em Mato Grosso. Em plantações de algodão, por exemplo, o produto é uma tecnologia importante para a diminuição de pragas.

O sudeste de Mato Grosso concentra a maior parte das lavouras de algodão, que é uma cultura sensível ao ataque de pragas e e insetos. A produção recebe várias aplicações ao longo do ciclo.

Em uma fazenda que fica em Campo Novo do Parecis, há 397 km de Cuiabá, são plantados cerca de 1.700 hectares de algodão. Já foram utilizadas 22 aplicações nos 110 dias desde o início da plantação. A colheita será realizada em aproximadamente 60 dias.

De acordo com o gerente da fazenda Alexandre Santos, nas aplicações foram utilizadas inseticidas, fungicidas e foliares para a nutrição da planta.

“O início da tecnologia de aplicação já começa no preparo da calda. A tomada de decisão desses produtos compatíveis que você vai colocar. Dentre esses produtos que a gente utiliza é os adjuvantes que auxiliam tanto na parte da homogeneização da mistura quanto a parte da aplicação”, disse.

O gerente técnico da fazenda Alexandre Gazoni explica que o adjuvante protege a lavoura e reduz os riscos.

“Pregando esses tipos de tecnologia mais modernas você protege para não queimar a lavoura do seu vizinho, para não ir em uma nascente, numa aplicação próxima ou em uma cidade próxima. Então você consegue otimizar a aplicação, reduzindo o risco”, disse.

Para saber se a aplicação está dando certo, o gerente técnico contou que são feitas várias avaliações com papéis hidrossensíveis, aparelhos para verificar a temperatura e o vento.

As pragas costumam agir da raiz para o topo, então se o produto não chegar nesses locais, o agricultor perde a produtividade.

O operador de máquinas agrícolas Lucival Silva Cabral contou que trabalha com pulverização há 9 anos e que passa até 10 horas na lavoura. Segundo o operador, a tecnologia ajuda na otimização do tempo já que as máquinas possuem vários recursos.

Já o piloto agrícola Cristian Silva Ferreira é responsável pela aplicação dos produtos de forma aérea. Ele contou que é preciso ver a meteorologia, umidade, temperatura, vento e a altura do voo para ter uma boa aplicação.

Para atender a crescente demanda por alimentos, o produtor rural precisa estar atendo ao que acontece dentro e fora da propriedade.

Muitas ferramentas para atender o campo são criadas para ir ao encontro da necessidade do produtor, mas não basta apenas disponibilizar um produto no mercado, é preciso resolver o problema, ter a solução.

Em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá um laboratório desenvolve os adjuvantes e a fábrica leva os produtos para o mercado. Segundo o químico responsável Marcelo Hilario Garcia, o desafio é criar um produto com as maiores propriedades possíveis.

“Existe uma grande desafio para nós que por conta das misturas de calda. Os produtores já utilizam muita coisa, então quanto menos adjuvantes eles puderem colocar, e quanto mais um único adjuvante tiver a maior quantidade possível de propriedades, melhor é para o produtor”, contou.

Para o desenvolvimento dos produtos, é necessário realizar análises e colher amostrar para o teste dos adjuvantes.

O químico explica que se uma água de um tanque final de aplicação estiver um pouco mais amarelada, há um alto teor de ferro, além de ser extremamente alcalina e ter alta dureza.

Se o produtor aplicar defensivos, ele vai perder a planta.

O diretor da empresa de adjuvantes Eloi Elias do Prado explica como é feito o processo da criação de um produto até que eles cheguem ao agricultor.

“Uma boa parte vem da pesquisa, do levantamento de dados. Buscar soluções de problemas na tecnologia. Depois de realizar a pesquisa, você encontra o problema para resolver e faz a fabricação dessa solução. Tudo isso vai para as máquinas onde são feitas essas misturas e reações que vão gerar esse produtos”, contou.

Vale observar que além do algodão, os adjuvantes são também utilizados em outras culturas como a soja, o milho e a cana-de-açúcar.

Por; G1 MT