Caminhoneiro Colidense explica porque não puxa mais Miritituba

Na margem direita do rio Tapajós, o distrito de Miritituba/PA, pertencente ao município de Itaituba/PA, é atualmente nó logístico de uma das rotas mais importantes para escoamento de commodities agrícolas de Mato Grosso pelo Corredor Logístico Tapajós-Xingu: via BR-163.

No auge da colheita de soja, engarrafamentos de até 3 mil caminhões e carretas são registrados no município.

No entanto, muitos caminhoneiros autônomos afirmam que não há mais vantagem em realizar fretes para os portos de Miritituba/PA.

Com a chegada do asfalto na BR-163, entre os municípios de Novo Progresso/PA e Moraes de Almeida/PA, diversas transportadoras começaram ou ampliaram, suas atividades  nessa rota.

Com mais caminhões e menos custos, fez com que os fretes para o autônomo caíssem para patamares nunca antes vistos.

Já para as transportadoras, como os contratos são realizados com base na tabela de frete, as viagens se tornaram muito rentáveis.

Nessa semana, o caminhoneiro Polacão publicou um vídeo fazendo os cálculos de um frete para Miritituba/PA.

Segundo ele, o embarcador estava pagando R$ 300 a tonelada. Como a capacidade de sua carreta LS é de 32 toneladas de carga, seriam R$ 9600,00 o frete.

Em combustível, seriam 1 mil litros de óleo diesel a R$ 7,50, ou seja, R$ 7.500 a R$7.600.

Somando outros gastos, como alimentação, pedágio, estacionamento, etc, daria em média R$ 500.

Com isso, sobraria em torno de R$ 1.500,00. No entanto, se estourar um pneu, ou dar qualquer que seja o problema no caminhão, esse lucro se converteria em prejuízo.

Esse cálculo também não leva em conta o desgaste do veículo e de seus componentes. (Com informações do Jornal do Caminhoneiro).

 

Por; Folha do Progresso