Celular superaquece em bolso de estudante, solta fumaça e imagens viralizam

DF-  O celular de um estudante do Centro Educacional (CED) 15 de Ceilândia, no Setor O, esquentou no bolso e começou a soltar fumaça nesta quarta-feira (8).

Vídeos gravados por outros alunos do colégio mostram o momento em que o aparelho começa a soltar fumaça e esquentar. Nas imagens é possível ver o celular em cima de um banco, enquanto um dos adolescentes tenta tirar a capa de proteção, já derretida. Na sequência, uma jovem joga água sobre o telefone. Ninguém se feriu.

Como evitar acidentes?

 

De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, produzido pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), em 2021, foram constatados 47 acidentes de origem elétrica com o celular no Brasil. Desses, 37 foram choques, sendo 16 fatais, e 10 foram incêndios, com 1 vítima fatal.

Segundo o engenheiro eletricista e Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Soares, os incêndios podem ocorrer enquanto o celular está carregando na tomada. “Normalmente isso acontece quando tem um curto-circuito na bateria. Ocorreu um problema no carregador e ele mandou uma tensão para o celular maior do que [o aparelho] suporta. Com esse curto circuito, [o aparelho] sobreaquece e pega fogo”.

Soares explica que o risco é muito maior quando o usuário utiliza o aparelho enquanto está ligado na tomada. “A bateria não tem potência para causar um dano tão grande na condição normal. Em todos os casos que conheço, [o aparelho] estava conectado em uma tomada e durante o carregamento que a bateria explodiu”, diz.

Cuidados com a bateria

 

O especialista explica que o primeiro sinal de que o aparelho pode precisar de manutenção é o superaquecimento da bateria. “Quando ela começa a aquecer demais é sinal de que tem algum problema”, diz.

Quanto maior o tempo de uso da bateria, maior a necessidade de carga por dia. Isso ocorre por conta da vida útil do aparelho. Assim, quando a bateria demanda mais carregamento por dia, é quando as pessoas passam a utiliza-la mais ligada na tomada e quando os riscos são maiores.

“Quando [o aparelho] está esquentando existe um problema na bateria e a qualquer momento ela pode explodir ou ferver e começar um incêndio. Se ela estiver em cima de um local inflamável, por exemplo, aquele local vai pegar fogo”, conta.

Além disso, quando há o superaquecimento da bateria – mesmo quando o aparelho não está conectado a tomada-, há um risco da bateria colapsar e ocasionar em uma explosão.

Primeiros socorros

 

 

No caso de acidentes com queimaduras, as lesões mais leves devem ser colocadas na água fria e limpas para esfriar a região. O local queimado deve ser coberto depois com um pano limpo e a pessoa deve encaminhar-se para uma emergência para atendimento médico. Além disso, é contraindicado colocar produtos caseiros como manteiga, café ou pasta de dente no ferimento.

Se houver sangramento, a pessoa deve levantar o membro, se possível, para diminuir o fluxo e evitar amarrar o local. Em seguida, a recomendação é procurar o atendimento médico mais próximo possível.

 

 

 

BHAZ