Colonoscopia possibilita evitar ou descobrir cedo o câncer no intestino

O câncer colorretal (intestino grosso/cólon e reto) é o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama. São 41 mil novos casos previstos para 2022, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer.

Este cenário seria alterado caso houvesse maior adesão no país à colonoscopia, exame que possibilita a prevenção primária (retirar pólipos – lesões presas na parede do intestino – que poderiam evoluir para câncer no intestino grosso e reto, evitando assim que a doença ocorra) e a prevenção secundária (diagnóstico precoce, ou seja, descobrir a doença em fase inicial, quando há maior chance de cura).

O exame de colonoscopia é indicado como estratégia de rastreamento populacional a partir dos 50 anos, mas pode ser indicado pelo médico a partir dos 40 anos, quando há alguma investigação em curso. É o caso tornado público pela cantora Simony, que ao fazer uma colonoscopia aos 46 anos, teve diagnosticado um tumor na parte final do intestino, perto da região do ânus.

Quando o câncer de intestino ainda é uma doença localizada, a chance de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) supera 90%. Comparativamente, quando há metástase, a taxa é em torno de 15%.

Para estimular a realização de colonoscopias e a retomada também de outros exames de rastreamento de câncer, como mamografia, PSA e toque retal, endoscopia, Papanicolau, dentre outros, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) lançou a campanha “Não dá para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou de quarentena”, um movimento permanente que abraça todas as demais campanhas que já são tradicionais ao abordar tipos específicos de câncer.

 

Quais são os sinais de alerta?

 

Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), assim como alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas), são sintomas de alerta, que devem ser investigados. Os demais sintomas mais comuns são sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia e perda de peso sem causa aparente.

 

Como prevenir?

 

Recomenda-se a adoção de uma dieta que contemple o consumo de frutas e hortaliças, assim como evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Moderação também é a palavra-chave em relação à carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos. Os demais fatores de risco são sedentarismo, obesidade e tabagismo.

A hereditariedade representa entre 5% a 10% dos casos, sendo a síndrome de Lynch a mais prevalente. Há também a polipose adenomatosa familiar, que é quando os pacientes apresentam um maior número de pólipos, devendo ser submetidos mais frequentemente à colonoscopia.

 

 

 

Por; UOL