Deputado aciona TCE e exige suspensão do concurso da Segurança Pública em MT

O deputado estadual licenciado Faissal Calil (PV) protocolou na manhã desta quinta-feira (24), no Tribunal de Contas do Estado, uma representação onde pede, de forma cautelar, a suspensão do concurso para a Segurança Pública, realizado no último domingo no Estado. O documento tem como base as investigações e apurações das irregularidades apresentadas desde o dia da prova.

No documento, o parlamentar apresenta uma série de denúncias de falhas ocorridas, como uso de celular e até mesmo vazamento da prova. O concurso, promovido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), visava preencher vagas nos quadros da Polícia Judiciária Civil (PJC), Perícia Oficial e Técnica (Politec), Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros.

As provas foram aplicadas no último dia 20 de fevereiro. “Após a aplicação do referido concurso público, vieram à tona inúmeros relatos de irregularidades que fatidicamente maculam o certame. Entre eles, estão o suposto vazamento da prova na internet antes da aplicação, candidatos que efetuaram o pagamento da inscrição, mas foram excluídos da lista de divulgação do local de prova, ausência de coletor de digitais para identificação dos candidatos no dia da realização do concurso, utilização de equipamentos eletrônicos nas salas de aplicação da prova e nos banheiros, vazamento de fotos da prova e dos candidatos em sala e número insuficiente de fiscais”, aponta Faissal.

O deputado relembrou ainda que a falta de estrutura adequada facilitou a ação de criminosos que agiram para fraudar a prova, como por exemplo no município de Cáceres, onde um grupo foi preso em flagrante. Faissal relatou ainda que a UFMT deferiu inscrições de pessoas jurídicas, o que comprova a desorganização do certame. Ao TCE, o parlamentar recorreu a suspensão do concurso, de forma cautelar, e se comprovadas as irregularidades, a anulação de todo o processo.

 

FORÇA-TAREFA

 

Ontem, o Ministério Público Estadual anunciou uma força-tarefa para investigar as centenas de denúncias relacionadas ao concurso. Os promotores Marcos Regenold, Valnice Silva dos Santos e Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho farão as investigações.

Serão instaurados procedimentos investigatórios e solicitadas informações a respeito do concurso público e solicitada uma reunião com representantes da Segurança Pública para colher esclarecimentos.

 

Por; Folhamax