Escola em Brazlândia, no DF, adota gestão compartilhada com a polícia

Os próximos seis meses no Centro Educacional 2, em Brazlândia, no Distrito Federal, serão de implementação do modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar. Os 98 votos a favor e 57 contra foram contabilizados durante uma votação de pais, responsáveis, professores e servidores neste sábado (23).

A decisão será encaminhada às secretarias de Educação e de Segurança Pública do DF. A gestão será implantada em um período que deve variar de três a seis meses, segundo o subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro.

A possibilidade de escolher o modelo de gestão compartilhada na escola foi solicitada por mães e pais dos alunos do turno vespertino em 18 de fevereiro. “Como gestora, eu preciso ouvir todos”, disse a diretora da unidade, Mirian Kátia Correa.

“A escola não apresentou casos de violência na volta às aulas presenciais. O Centro Educacional 2 é uma instituição de educação inclusiva, com projetos de recursos generalistas e de altas habilidades”, acrescentou a educadora.

Segundo a diretora, a escola atingiu nota 5 na última avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que mede os conhecimentos dos alunos em português e matemática.

De acordo com o representante da Secretaria de Educação, Wagner Santana, outras duas escolas, no Lago Norte e em Samambaia, solicitaram uma audiência para conhecer o modelo.

Escolas cívico-militares

 

O projeto de escolas cívico-militares foi inaugurado em fevereiro de 2019 e implantado, até agora, em 15 unidades de ensino do DF, segundo o governo. Mais de 15 mil alunos da rede pública de ensino estudam nas escolas com gestão compartilhada. “O modelo tem sido eficiente no Distrito Federal. Ele cultua valores cívicos e morais, ética, disciplina e respeito ao professor”, avaliou o coronel Alexandre Ferro.

O Distrito Federal conta com dois modelos de gestão cívico-militar nas escolas. O primeiro é uma parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública, que a encaminha o efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para lidar com a área disciplinar.

Já o outro modelo é uma parceria entre o Ministério da Educação e as Forças Armadas. Das 15 escolas de gestão compartilhada, quatro seguem esse formato, em que os militares da reserva desenvolvem as atividades.

 

Por; R7