Governo da Bahia negocia compra de vagões do VLT de MT

MidiaNews

Vagões adquiridos pelo Governo de Mato Grosso para o VLT

ENZO TRES
DA REDAÇÃO

A empresa CCR Metrô, que gere o Sistema Metroviária de Salvador (BA), sinalizou que os 40 trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Mato Grosso têm condições de operar, mesmo após ficarem dez anos parados.

 

As informações foram divulgadas pelo jornal baiano A Tarde.

 

Considerado um dos maiores escândalos entre obras não entregues no Brasil, o VLT consumiu R$ 1,066 bilhão em dinheiro público sem nunca sair do papel. A obra foi alvo de uma operação da PF por acusação de propina.

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), quer comprar o equipamento e por isso solicitou um relatório da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur-BA) e da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).

 

A empresa estimou uma depreciação de 30% no valor original dos vagões, mas mesmo assim o Governo de Mato Grosso deve estabelecer condições de compra e venda, como: garantia técnica, assistência pós-venda por pelo menos dois anos, disponibilização de insumos para os primeiros meses de operação, documentação técnica que viabilize o rastreamento da fabricação e os reparos dos componentes e manuais de operação e manutenção.

 

Para a compra, o VLT deverá passar por uma recomposição de suas condições originais.

 

A negociação entre os governados da Bahia e de Mato Grosso ocorre desde agosto e foi promovida por um grupo de trabalho do Tribunal de Contas da União (TCU), que pretende solucionar o entrave do rodante.

 

Jerônimo quer entregar um novo VLT para Salvador e que preço da compra seja satisfatório.

 

O entrave

 

Os trens foram adquiridos em 2013, visando sua utilização no VLT que ligaria os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, em uma das centenas de obras no país que estavam sendo preparadas para a Copa do Mundo de 2014.

 

O projeto, entrentanto, nunca ficou pronto. O Governo de Mato Grosso desistiu e o substituiu pelo sistema de ônibus BRT.

 

Os trens do VLT, então, ficaram parados em uma garagem da empresa que seria responsável pela gestão do modal.