Guardas municipais usam spray de pimenta contra alunos em escola de SP

Agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) jogaram spray de pimenta contra alunos entre 10 e 14 anos da escola municipal Pedro Nava, na zona oeste de São Paulo (SP), durante uma briga ocorrida no colégio. O caso ocorreu no fim de maio.

Vídeo gravado por um estudante mostra os alunos com os olhos irritados, passando mal após o uso do gás.

Janete Barbosa, mãe de uma aluna, relata que a briga entre os adolescentes começou dentro da escola e depois continuou fora do estabelecimento. Os guardas teriam alegado o uso para dispersar a briga, segundo ela.

“Foi uma confusão não resolvida com a gestão da escola. Questionei como queriam dispersar crianças e adolescentes com gás de pimenta. Não existe isso. Era briga de adolescentes, não tinha necessidade”, diz ela.

Outra mãe, que preferiu não se identificar, comentou que os pais e mães das crianças atingidas não tiveram qualquer atendimento ou respaldo da escola.

“Foi muito complicado, porque ninguém teve uma resposta. O fato aconteceu no final de maio, e estamos em julho”, disse ela.

As duas mães relataram que os GCMs têm circulado no ambiente da escola, chegando até a utilizar os banheiros e se alimentarem com a merenda dos alunos.

“A GCM está todos os dias na escola, permanece lá dentro, isso vai contra o ECA. É uma ação arbitrária por parte da gestão nova escola. Tem dois anos que está de mal a pior por lá. Colocou GCM lá, e ficam ‘zanzando’ lá dentro. Só saem de dentro da escola minutos antes de bater o sinal de 18h30, na saída pra noite”, conta Janete.

Posicionamento

 

Em contato com a reportagem, a prefeitura de São Paulo disse que instaurou apurações para investigar os fatos relatados pelas famílias.

Segundo a gestão, as equipes da GCM intervieram no tumulto para controlar e terminar o conflito “com objetivo de garantir a segurança e a integridade física dos alunos e dos moradores envolvidos na briga”.

Ainda de acordo com a nota da prefeitura, os moradores teriam avançado contra os guardas, que tiveram de usar o gás espargidor.

 

 

 

Por; R7