Homem tem crise de pânico, foge de pronto-socorro com eletrodos pelo corpo e é encontrado morto

A família de Sérgio Zanni da Silva, de 60 anos, tenta descobrir o motivo do homem ter sido encontrado morto após ter uma crise de pânico e fugir do Pronto Atendimento (PA) de São Pedro, em Vitória, Espírito Santo, onde estava internado com um quadro de pneumonia aguda desde o último sábado (28).

O corpo do homem foi encontrado na terça-feira (31), no bairro Estrelinha, há mais de 2 km do pronto-socorro, às margens da Rodovia Serafim Derenzi.

De acordo com a Polícia Militar ele ainda ainda estava com eletrodos no corpo e com a pulseira de classificação recebida após atendimento de triagem na unidade de saúde.

O sobrinho de Sérgio, Paulo Jr. dos Santos, quer descobrir como o tio conseguiu sair do pronto-socorro sem que ninguém visse.

“Tem vários guardas, câmeras, e ele foge de lá com eletrodos, com pulsação… como fugiu e ninguém viu?”, questionou Paulo.

A família achou estranho o fato de não ter tido notícias de Sérgio desde o domingo (29). A irmã dele foi até a unidade de saúde nesta quarta (1º), para ter mais informações, e recebeu a notícia da morte do irmão.

“Ele estava no hospital e as pessoas do hospital não têm essas informações. Quem estava lá ontem não passou a informação [de que ele tinha fugido] para quem estava hoje, e hoje ninguém questionou ou ligou para o chefe de plantão, de enfermagem. Não ligaram”, disse o sobrinho.

Aos sobrinhos, a responsável pelo Pronto Atendimento de São Pedro prometeu investigar o que aconteceu, mas os familiares pretendem entrar na Justiça contra a Prefeitura de Vitória.

“Falaram que vão abrir uma sindicância interna, mas não nos deram prazo, ou que vão fazer. Eu pedi prontuário e falaram que fica pronto de 10 a 30 dias. Já pedimos a requisição, porque nós vamos entrar com um processo contra a prefeitura, contra o PA, e todos os que estavam envolvidos. Não foi negligencia só de uma pessoa”, declarou o sobrinho.

A Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) “lamentou profundamente o ocorrido” e informou que uma sindicância foi aberta “para apurar todos os fatos”.

“A Semus esclarece, ainda, que ele aguardava desde o último dia 29 a transferência por meio da Central de Vagas do Estado”, diz parte da nota da secretaria.

A Polícia Civil afirmou que não vai investigar o caso, já que não houve sinais de morte violenta.

 

 

Por; G1