Jovem acusa motorista de app de usar gás para sedá-la em viagem no DF

Uma produtora de eventos, de 25 anos, relatou momentos de pânico, vividos por ela dentro do carro de um motorista de aplicativo da inDriver. A jovem fez um desabafo, contando o caso nas redes sociais, ainda na sexta-feira (15/7), dia do ocorrido. Segundo a passageira, ela quase desmaiou, por volta das 14h, depois de sair do Taguatinga Shopping e seguir para o Areal. A jovem suspeita que o motorista tenha jogado algum produto no interior do veículo, a fim de fazê-la perder a consciência, no chamado “golpe do gás”.

“Na hora que ele parou na sinaleira, eu estava distraída no celular. Ouvi um barulho de spray e senti muito forte o cheiro de naftalina. Fiquei tonta, com corpo mole, tremendo, com a boca seca, com sensação de desmaio e não conseguia formular frases direito”, conta a jovem, que pediu para não ser identificada. Segundo ela, tudo aconteceu enquanto os vidros do carro estavam fechados e ar-condicionado ligado.

A passageira disse, ainda, que lembrou de um caso similar, comentado pela sua irmã, que teria ocorrido com uma amiga da família há cerca de duas semanas. “Tirei o cinto, abaixei o vidro e comecei a respirar do lado de fora”, detalha.

Em seguida, a produtora ligou para a irmã, mas não conseguiu contato, pois a ligação estava muito ruim. Então, decidiu telefonar para uma amiga. “Eu citei o nome de um homem [na chamada] e disse que ele iria me esperar, disse que já estava chegando no endereço”, conta.

Enviou, então, a localização em tempo real até chegar em um conjunto com três prédios. “Fui andando para outra direção, para casa dessa amiga, para que ele não soubesse onde moro”, disse.

Depois, aguardou a chegada da irmã no local, e foram direto para a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) registrar boletim de ocorrência. A jovem também foi ao Instituto Médico Legal (IML) fazer exames.

O que diz a inDriver

 

A reportagem do Metrópoles procurou a empresa inDriver pelo site, por e-mail e pelas redes sociais da plataforma, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações. O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

 

Por; Metrópoles