Jovem espancado por moradores foi agredido por crime que não cometeu em MG, diz polícia
A Polícia Civil afirmou que homem que foi amarrado e espancado por moradores em Pratápolis (MG) neste domingo (2) foi confundido com outra pessoa. Segundo o delegado Marcos Pimenta, os moradores agrediram o jovem após mensagens dizendo que ele teria participado de um estupro. O rapaz que foi agredido é fugitivo do Presídio de São Sebastião do Paraíso (MG), mas responde por crimes como roubos e furtos.
O jovem de 19 anos foi amarrado e espancado por moradores da comunidade Três Fontes, em Pratápolis. O jovem foi encaminhado para o hospital com corte no couro cabeludo e edema no lado esquerdo da face.
O delegado afirmou que após a prisão do jovem foi constatado que os crimes cometidos por ele eram roubos e furtos em cidades como Fortaleza de Minas, Capetinga e Jacuí. A Polícia Civil informou que está descartado o envolvimento do fugitivo com o caso de estupro que está sendo investigado.
“Já instauramos inquérito policial e iremos individualizar a conduta de todas as pessoas que aparecem no vídeo, que torturaram, agrediram e, de maneira até irresponsável, fizeram o que está no vídeo. Agora, com cautela, vamos individualizar e possivelmente eles serão indiciados por lesão corporal leve, grave ou gravíssima, crimes contra a honra e também, se comprovado, tentativa de homicídio”, disse o delegado.
O jovem foi preso e encaminhado para a delegacia de Passos. A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que o fugitivo foi levado para o presídio da cidade, mas será transferido para outra unidade prisional.
“Essas agressões foram motivadas pela informação de que ele seria um estuprador e restou provado posteriormente pelos órgãos competentes que ele não era um estuprador, e ainda que fosse não justificaria essas agressões, deixa a critério da Polícia Civil, da percepção criminal que nós temos amparada pela legislação, e sem essa de querer fazer justiça com as próprias mãos. Numa dessa quase ocorreu uma tragédia total de matar um indivíduo que sequer teve participação em um crime de estupro”, completou o delegado.