Justiça determina que “amigos” que executaram Ariane durante ritual passem por exame de insanidade mental

Os três “amigos” acusados pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, 18 anos, no dia 24 de agosto de 2021, devem passar por exame de insanidade mental. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara durante interrogatório na tarde de quarta-feira (9), no Fórum Criminal de Goiânia.

Os acusados são Jeferson Cavalcante Rodrigues, 23 anos, Raíssa Nunes Borges, 19, e Enzo Jacomini Carneio Matos, 18, que usa o nome social Freya. Até o recebimento dos laudos dos exames, o processo ficará suspenso.

Na audiência de instrução processual, nessa quarta, o juiz informou que um pedido anterior feito pela defesa de Jeferson havia solicitado o exame de insanidade mental e, aprovando a solicitação, o magistrado estendeu a decisão para os outros réus.

Dependendo do resultado dos laudos, o juiz decide se os acusados passarão, ou não, do Júri Popular, que é realizado em casos de crimes hediondos.

No interrogatório, Jeferson deu detalhes do crime e afirmou que sua participação foi apenas dirigir o carro até onde Ariane estava no momento em que foi assassinada.

Já Raíssa alegou não ter envolvimento no crime e culpou a adolescente de 16 anos, que também foi apreendida, pela morte da vítima. Enzo permaneceu em silêncio durante toda a audiência.

 

Relembre o caso

 

Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, foi morta a facadas em um “ritual satânico” feito por “amigos”, no Setor Jaó, em Goiânia. O crime ocorreu no dia 24 de agosto de 2021.

No dia do crime, os três acusados chamaram a jovem com a promessa de que pagariam um lanche. Jeferson, que dirigia o veículo usado no crime, buscou a vítima no Lago das Rosas, no Setor Oeste. Em seguida, eles foram para um ponto escuro do Setor Jaó, onde começaram o ritual.

Dois sinais foram dados para dar início ao homicídio: um dedo estalado e uma música. Raíssa começou a enforcar Ariane mas, como não tinha mais forças, pediu ajuda a Enzo, que estava no banco do passageiro.

Neste momento, Raíssa e a menor de idade, que não teve o nome divulgado, teriam dado pelo menos oito facadas na vítima. Após o crime, eles abandonaram o corpo de Ariane em uma mata, que foi encontrado apenas uma semana depois.