Mendes aponta ‘armação’ contra filho e desqualifica operação da PF

Governador Mauro Mendes (União) desqualificou a operação da Polícia Federal (PF) que investiga seu filho, o empresário Luis Antônio Taveira Mendes, por um suposto esquema de contrabando de mercúrio para abastecimento de garimpos em Mato Grosso.

Durante a posse da nova diretoria do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) nesta terça-feira (21), o chefe do Executivo disse que as empresas da família tem sido vítima de uma grande armação.

“Foi um grande equivoco da Polícia Federal, isso vai ser demonstrado com tranquilidade. Quem está ao lado da verdade e Deus não teme nada. Eu não tenho nenhuma preocupação, já foi dito que ele já tinha saído da administração da [empresa]. Se alguém cometeu o erro de comprar, vai ter que responder”, disse.

Ocorre que o filho do governador foi alvo da segunda fase da Operação Hermes, deflagrada no dia 8 de novembro. Ele chegou a ser alvo de um pedido de prisão por parte da PF, mas a Justiça negou.

Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a apreensão do passaporte de Luís e o pagamento de fiança de R$ 13,2 mil. O chefe do Executivo, por sua vez, tentou minimizar a situação afirmando que toda a polêmica tem sido potencializada por seus “adversários políticos”.

“Que é armação, tem cheiro. Eu não sei a natureza disso, tenho que entender melhor. Na política sempre tem adversários que potencializam isso. Como nunca conseguiram me atacar como governador, tentam atacar minhas empresas”, acrescentou.

Afastamento
Recentemente, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) pediram à Procuradoria Geral da República (PGR) intervenção federal no Estado e o afastamento do governador Mauro Mendes (União) por conta dos recorrente ataques ao livre exercício do jornalismo com investigações contra jornalistas por reportagem envolvendo o gestor e seus familiares nos últimos meses.

Mendes rechaçou o pedido. “Estou processando alguns jornalistas, que em nossa opinião mentiram, faltaram com a verdade e caluniaram. Alguns já foram condenados pela Justiça. Senhores, tem que ter o mínimo de bom senso”, finalizou.

 

Pablo Rodrigo e Allan Mesquita

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Otmar de Oliveira