Ministério da Saúde fortalece estrutura de leitos de UTI, oxigênio e kits de intubação em todo País
Não vão faltar recursos”. Em conversa com jornalistas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que o Governo Federal está preparado para evitar a sobrecarga do sistema de saúde diante do aumento do número de casos da Ômicron no País. Entre as iniciativas adotadas, o Ministério da Saúde prorrogou nesta semana o custeio de 14,2 mil leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto e pediátrico destinados ao tratamento da Covid-19, e tem acompanhado de perto a produção e abastecimento de oxigênio, além de kits de intubação nos 26 estados e Distrito Federal.
Até o momento, 1.859 casos com dois óbitos pela variante foram confirmados no Brasil, segundo boletim divulgado nessa quinta-feira (27) pelo Ministério da Saúde.
Entre outras medidas preventivas, a pasta apoiou, com recursos próprios, a instalação de sete usinas produtoras de oxigênio medicinal que, juntas, têm capacidade de produzir o equivalente a 2.184 m³ de oxigênio por dia. Além disso, apoiou a instalação de outras 28 usinas produtoras com recursos provenientes de doações/empréstimos de organizações não-governamentais, fundações, associações, entidades privadas e adquiridas por prefeituras de municípios do interior do estado que, juntas, tem capacidade de produzir o equivalente a 15.000 m³ de oxigênio por dia.
Atualmente, o Brasil conta com 18 mil leitos habilitados em todas as unidades federativas, e tem capacidade para ampliar ainda mais, caso haja a necessidade. Vale lembrar que cabe aos estados e ao Distrito Federal a solicitação para a abertura de novos leitos, conforme a Portaria nº 829, de 28 de abril de 2021. Ainda no ano passado, como estratégia para ampliar a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e enfrentar o pico da pandemia, o Ministério da Saúde chegou a custear mais de 26 mil leitos, um investimento de R$ 9 bilhões.
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, o caminho para vencer o vírus é avançar na aplicação da segunda dose e dose de reforço das vacinas disponibilizadas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PN). Além disso, outras estratégias de prevenção e controle também estão em andamento, como o Plano Nacional de Expansão da Testagem e as medidas preventivas.
“Uma pesquisa que encomendamos, realizada em parceria com a Universidade de Oxford e publicada na revista científica The Lancet, com direito a dois editoriais, mostra que a nossa estratégia tem eficácia contra a Ômicron. Estamos ampliando a testagem, temos distribuído testes para os estados e municípios, e estamos habilitando leitos de UTI. Esses leitos foram desabilitados porque diminuiu a pressão sobre o sistema de saúde, mas temos capacidade para abrir novos leitos caso haja uma eventual pressão sobre o sistema”, contou Queiroga.
Considerada a maior campanha de vacinação já realizada no Brasil, o Ministério da Saúde já distribuiu cerca de 408 milhões de doses de vacinas Covid-19. Dessas, 163,3 milhões foram para a primeira dose, número que representa quase 92% da população acima de 12 anos, um universo de 178 milhões. Mais de 150 milhões de brasileiros estão completamente vacinados com as duas doses ou dose única do imunizante, o que corresponde a quase 85% desse público. Além disso, mais de 35,3 milhões de pessoas receberam a dose de reforço ou a dose adicional da vacina.
“Há um aprendizado com a pandemia. Nós sofremos com esse vírus há muito tempo, desde março de 2020. Nesse período, nosso sistema de saúde se fortaleceu. E, hoje, em relação aos kits de intubação, temos um estoque regulador que permitirá reforçar a capacidade do nosso complexo industrial da saúde que também se fortaleceu. O mundo aprendeu que tem que dar respostas rápidas. O Ministério da Saúde tem a estrutura para distribuir esses insumos, que são fundamentais, caso haja uma eventual pressão maior sobre o sistema de saúde”, disse.
Fernando Brito
Ministério da Saúde