Ministro revela que 1 milhão recebe benefício irregularmente e destaca ações para combate a fome

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou que até o fim de 2025 2 milhões de casas populares devem ser construídas no país, com prioridade para atender pessoas do Cadastro Único (Cad Único). Representante do governo Lula afirma que a entrega das moradias e cadastramento nos programas sociais é o caminho para combater a fome no estado líder em produção agrícola, mas que ganhou notoriedade nacional por conta da fila do ossinho.
Fila esta que foi citada durante campanha à presidência do petista, a sobre a qual o ministro foi questionado durante visita ao Restaurante Popular de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (22).
“Só este mês, a gente conseguiu trazer 14 mil pessoas de Mato Grosso que estavam passando fome e passaram e entrar no Cad Único. Estamos trabalhando para tentar, até dezembro, chegar ao limite de eficiência no Cad único”, afirmou Dias.
Segundo ele, além de inserir pessoas em situação de vulnerabilidade nos programas sociais, é também preciso fiscalizar quem recebe, hoje, os benefícios. Conforme disse, há cerca de 1 milhão de pessoas inseridas irregularmente nas ações sociais, o que impacta em R$ 8,4 milhões que deveriam ser revertidos a quem realmente precisa.
“Quando mais cedo MT tiver todas as pessoas dentro do Bolsa família, aposentadoria rural, auxilio gás, esse é o objetivo”, destacou.
Outro ponto esclarecido pelo ministro é a diferença entre os programas sociais Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e Ser Família Habitação, lançado pelo governador Mauro Mendes. Apesar de ambos ofertarem casas populares com subsídios públicos, são ações distintas.
“Minha Casa Minha Vida é feito através da Caixa Econômica, que tem habitação até 100% subsidiada, com casas de R$ 100 mil, R$ 140 mil para quem é do Bolsa Família. Essa pessoa recebe essa casa e não paga prestação. Ela sai do aluguel e esse dinheiro é usado para alimentação e outras necessidades. Isso não é por vaidade, é para acompanhar o programa, saber quantas casas contratadas e entregues. Estado tem o programa próprio. Existe possibilidade de trabalhar com Estado, mas não é esse o caso ainda”, explicou.
João Vieira