MP mira grandes sonegadores e prevê recuperar R$ 450 mi em 2022

MT- O chefe do Ministério Público do Estado (MPE), procurador-geral  José Antônio Borges Pereira, afirmou que Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) prevê recuperação de R$ 450 milhões de oriundos da sonegação de impostos. As declarações foram dadas na última sexta-feira (17), em entrevista ao Jornal do Meio-dia.

O Cira, que iniciou seus trabalhos há seis anos, ganhou um novo espaço sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá. O comitê é composto pelo Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Fazenda, Controladoria-Geral do Estado, Procuradoria-Geral do Estado e Casa Civil e atua na repressão de crimes contra a ordem tributária e a lavagem de dinheiro, com enfoque na recuperação de ativos e de bens.

“O Cira é focado nos grandes sonegadores, não ficando com as questões pequenas. É bom ressaltar que o Cira é uma comissão institucional, ou seja, não é só o Ministério Público. Então, o foco são os grandes sonegadores. Por exemplo, para o ano que vem existe a previsão de recuperação desses sonegadores de R$ 450 milhões de todas as áreas”, disse o chefe do MPE.

José Antonio Borges colocou que a nova estrutura do Cira – formada por agentes da Sefaz e da Polícia Civil – é semelhante a disponibilizada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), que investiga casos de corrupção e do crime organizado em Mato Grosso. “Especificamente são sonegações de impostos que passam receita estadual, vão para a delegacia e Ministério Público. Essa integração evita também que nesse caminho exista influência de poder político, econômico ou corrupção para manter a sonegação do imposto. Por isso, a vantagem de ter o Cira que houve um avanço em 2019, quando ele se reforçou igual o Gaeco e deixou de ser um mero decreto do governador e passou a ser uma lei estadual. Então o Cira é um Gaeco específico na área de sonegação de impostos”, acrescentou.

 

FOLHAMAX