Mulher descobre câncer avançado após médico dizer que era gordura em Cuiabá

Uma mulher de 46 anos disse que, ao sentir dores no seio direito procurou um posto de saúde de Cuiabá/MT, e o médico disse que era gordura e que ela precisava emagrecer. Edilayne Meire fez a primeira consulta médica em 2019, depois de ter sentido dores fortes quando a filha colocou a cabeça nos seios dela.
Três meses depois, ela recebeu o diagnóstico de câncer e até hoje faz tratamento. Ela já retirou as duas mamas.
No posto de saúde, o médico falou para ela não se preocupar e falou que poderia ser gordura.
O médico pediu que fosse feita uma ultrassonografia e uma mamografia e perguntou porque ela estava fazendo esse exame. A paciente explicou a ele que sentia muitas dores. Após o exame, conforme Edilayne, o profissional disse que, de fato, era gordura e que ela não precisava se preocupar, porque o nódulo iria sumir.
Edilayne pegou o resultado e levou a outro médico, que também disse que era gordura e que não era nada. Contudo, ela pediu que fosse marcada uma cirurgia mesmo que fosse em um hospital particular porque ela não queria ficar com aquele nódulo e o médico falou que não recomendava porque iria ficar com uma cicatriz muito grande passou um remédio para ela tomar.
“Fui para casa e com o passar dos tempos os meus seios cresceram muito e começaram a doer e até perdi o movimento do braço direito”, contou.
Ela foi ao posto de saúde novamente três meses depois e o médico a encaminhou para o Hospital do Câncer, quando recebeu o diagnóstico de câncer de mama, em estágio avançado.
“Comecei a fazer a radioterapia e tive que parar de novo para retirar o útero, as trompas e o ovário. E quando saí do hospital, tive que voltar no outro dia para fazer a última radioterapia. Fiz a cirurgia e comecei a fazer a quimioterapia. Na sétima sessão apareceu outro nódulo no seio esquerdo. E então parei com a quimioterapia”, disse.
Ela fez um vídeo pedindo ajuda financeira para fazer a segunda biópsia. O resultado da biópsia apontou que o câncer já espalhou por outros órgãos.
Também afirma que vai buscar indenização devido ao diagnóstico errado, mas que ainda não protocolou a denúncia. “Eu e meus filhos choramos muito, mas muito mesmo. Tento ser forte o tempo todo para transmitir segurança para eles. Gostaria de ter doação para terminar minha casa porque até o momento estou morando com minhas duas irmãs”, completou.
Por; G1 MT