O prefeito de Sinop Roberto Dorner (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira (19) que “coloca a mão fogo” pelos servidores e secretários do Município.

A declaração foi dada horas depois de a gestão dele ser alvo da Operação Cartão-Postal, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos na Saúde da cidade.

A secretária municipal de Saúde, Daniela Galhardo, foi afastada do cargo por determinação judicial. A casa dela também foi alvo de busca e apreensão.

“Hoje ela [a secretária] veio chorando dizendo que ‘não deve nada’. Se não deve nada, não precisa temer, faça seu trabalho, se defenda e se for inocente ela volta para o cargo”, afirmou Dorner em entrevista coletiva.

“Porque ela é competente, é uma pessoa digna e eu boto minha mão no fogo pelos meus secretários”, acrescentou.

Dorner ainda disse ter sido “pego de surpresa” pela investigação e precisou retornar de uma agenda que cumpria em Sorriso durante a manhã.

Ele explicou estar tranquilo com os desdobramentos da investigação do suposto esquema e disse “não dever nada”.

Se tiver alguma coisa errada, eles vão pagar pelos atos. Não aceito corrupção

“Não devemos nada. Eu confio no nosso servidor, nos nossos secretários, até que se prove o contrário. Se tiver alguma coisa errada, eles vão pagar pelos atos. Não aceito corrupção”, completou.

Operação Cartão-Postal

A ação apura uma suposta organização criminosa instalada, desde junho de 2022, na gestão da Saúde de Sinop. Os contratos investigados somam mais de R$ 87 milhões.

A Justiça decretou a prisão preventiva de seis pessoas. São elas: o advogado Hugo Castilho, o ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, Jefferson Geraldo Texeira, Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elizangela Bruna da Silva e João Bosco da Silva.

Houve ainda a determinação para que o procurador do Município Ivan Shneider fosse afastado temporariamente do cargo.

Também foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo e nos municípios paulistas de Praia Grande e São Vicente.

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Divulgação