PCC planeja resgate, polícia descobre e transfere traficante ‘intocável’

O traficante ‘intocável’ Thiago Pereira da Silva, 34, foi transferido para um presídio de segurança máxima após a Polícia Civil ser informada que membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) se preparavam para resgatá-lo na cadeia pública de Mirassol D’Oeste (300 km ao oeste de Cuiabá).

 

Thiago foi preso durante a manhã de quarta-feira (2), na Operação Intocável da Polícia Federal. Mais tarde, polícia da região Oeste descobriu que um plano estava sendo traçado e ao menos 20 homens fortemente armados estavam prontos para invadir a cadeia e resgatar o preso.

 

Com base nas informações, as forças de segurança se mobilizaram para uma força-tarefa e com autorização da Justiça, Thiago foi transferido para o sistema prisional federal e, em seguida, levado para um presídio de segurança máxima. Imagens mostram o momento em que o avião da PF decola com o preso.

Vida de luxo

Alvo de investigações desde 2010, Thiago afirmava que nunca seria pego e que, por isso, se sentia ‘intocável’. Ele levava uma vida de luxo e ostentação, mostrando parte da rotina nas redes sociais com viagens, carros e até mesmo armas de grosso calibre.

 

Segundo o delegado Marcus Vinícius Zampieri, Thiago é o líder e principal articulador do esquema criminoso. Além dele, a polícia ainda busca prender outros 3 membros da quadrilha, que apresenta um padrão financeiro totalmente incompatível com a renda declarada.

 

Foi descoberto ainda o possível envolvimento dele em um homicídio. Segundo a polícia, ele tinha um carro de luxo, que chegou a ser roubado. Thiago teria dado a ordem para matar o autor do crime.

 

Também ostentava armas de grosso calibre nas redes sociais. Durante uma das buscas, a polícia encontrou 3 fuzis. As armas foram apreendidas. Há ainda um revólver, uma espingarda e facas.

 

Consta ainda que, em uma das extravagâncias, Thiago saiu do Brasil para passar apenas um dia em uma cidade da Europa. Já na pandemia da covid-19, quando contraiu a doença, se internou no Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Na casa dele, a polícia encontrou um fundo falso, usado como esconderijo de dinheiro. Mas, nenhum valor foi apreendido por lá.

 

yuri@gazetadigital

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