Professor é investigado por tráfico de órgãos humanos para designer indonésio usar em acessórios

Um professor universitário de Manaus (AM) é investigado por suspeita de tráfico de órgãos humanos, que eram conservados em produtos químicos. Eles eram enviados para um designer indonésio em Singapura, na Ásia.

O suspeito teria enviado uma mão e três placentas ao artista, que é famoso por vender acessórios feitos com partes humanas. Ele comercializa uma bolsa feita com a coluna cervical de uma criança.

O homem é coordenador do laboratório de anatomia humana da Universidade do Estado do Amazonas e tem um canal na internet com vídeo-aulas sobre o método de plastinação, técnica que preserva a matéria biológica.

A Polícia Federal chegou até o professor após a apreensão de uma remessa internacional feita pelos Correios contendo materiais orgânicos. As equipes então investigaram o remetente e o destinatário da encomenda.

“Nós verificamos que o destinatário é um famoso designer na região da Ásia. Ele posta nas suas redes sociais a questão de material humano para fins de comércio, artesanato, adereços e tudo mais”, afirmou o delegado Igor Barros.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na casa do professor e no laboratório de anatomia da universidade. A PF investiga se houve, de fato, uma relação comercial entre os dois, envolvendo transações financeiras.

Os cadáveres que estão em um laboratório anatômico são doados para estudo. Retirar do local qualquer órgão sem autorização é crime.

O suspeito foi afastado do cargo por 30 dias e está proibido de ter acesso a qualquer dependência da universidade até o fim das investigações. O professor poderá responder por tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até oito anos de reclusão.

 

por; R7