Professoras criam robô para auxiliar sessões de terapia com crianças autistas

Professoras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desenvolveram um robô com funcionalidades que vão ajudar sessões de terapia em crianças com diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista (TEA), em que promove a interação social, aprendizagem e comunicação. O robô que foi batizado como ‘Otto’, tem aproximadamente 24cm de comprimento, características físicas de um personagem de desenho infantil e foi doado ao Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), na cidade de Cuiabá, onde será testado e avaliado.

A pesquisa iniciou-se há um ano, depois das professoras perceberem o crescente número de diagnósticos de crianças com o  TEA. Fazem parte do projeto a professora e pesquisadora no projeto, Thais Reggina Kempner, do Curso de Engenharia de Controle e Automação, do Câmpus de Várzea Grande; professoras do Instituo da Computação da UFMT, Eunice Pereira dos Santos Nunes e Luciana Correia Lima de Faria Borges, que também é coordenadora do projeto da Fábrica de Alta Tecnologia Assistiva  (FATA)  que engloba a pesquisa.

O Cridac será parceiro na validação, durante seis meses, com oito crianças, de dois e oito anos, com grau de comprometimento de TEA níveis um e dois. Otton possui dez botões interativos que ensinam as crianças. Ao todo são 170 frases que versam sobre os números, o alfabeto, vocabulário do cotidiano das crianças, sensações, reconhecimento de cores, frutas, legumes e animais.

Após a etapa de validação junto ao  CRIDAC, o projeto iniciará a segunda fase que terá duração de mais um ano, com o apoio da Fapemat. “Fomos aprovados com esse projeto no edital Mulheres e Meninas na Computação, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra 2022. Nosso título é ‘O protagonismo de meninas e mulheres no desenvolvimento de tecnologias assistivas com robótica’, e agora contamos com mais cinco bolsistas mulheres no projeto. Três alunas da graduação e duas do ensino técnico profissionalizante”, explica a docente.

“Ficamos sensibilizadas com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que mostram que a prevalência de crianças com TEA vem aumentando progressivamente ao longo dos anos. Na última publicação do CDC, em 2021, a prevalência estava em 1 a cada 44 crianças”, disse a professora Reggina.

 

 

 

Por; Hiper Notícias