Projeto emprega inteligência artificial para a correção de avaliações
O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), firmou uma parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que visa à criação de um projeto de pesquisa para desenvolver um sistema computadorizado para aferição de fluência em leitura oral com o emprego de inteligência artificial.
O escopo do projeto abrange os estudantes do 2º ano do ensino fundamental, o que representará um excelente indicador intermediário até a aplicação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2º ano. Após o desenvolvimento da pesquisa para esse nível escolar, a expectativa é de que a ferramenta tenha sua utilização ampliada para as demais etapas do ensino fundamental.
O produto está sendo desenvolvido a partir de soluções tecnológicas emergentes e inovadoras, a fim de que seja atendida a necessidade de detectar níveis de fluência durante o processo de alfabetização. A iniciativa visa dotar o ensino fundamental brasileiro de uma sistemática apropriada para diagnosticar, corrigir e aumentar os níveis de alfabetização no país.
O secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, afirma que esse projeto com o ITA representa o compromisso da Sealf de trazer parceiros de excelência para construir soluções eficientes e inteligentes para a melhoria da qualidade da alfabetização no Brasil. “Incorporar tecnologias de inteligência artificial e engenharia de software a avaliações de fluência em leitura oral é um desafio inovador que, com certeza, será muito bem conduzido pela equipe multidisciplinar coordenada pelo ITA.”, concluiu Nadalim.
Cerca de R$ 3,2 milhões serão injetados para a criação dessa ferramenta. Os recursos foram encaminhados diretamente para o Ministério da Defesa (MD), portanto não são originários do MEC. A entrega final desse produto está prevista para dezembro de 2022.
Fluência em leitura oral
A fluência em leitura oral consiste na habilidade de ler um texto com velocidade, precisão e prosódia. Atualmente, o diagnóstico de fluência em leitura oral é realizado de forma artesanal. O professor faz gravações de áudio com seus estudantes a partir de celulares convencionais. Após a gravação, o professor passa a contar as palavras lidas corretamente por minuto, utilizando-se de suas próprias anotações.
Estima-se que a partir da automação desse processo, com a utilização da inteligência artificial, avanços como a liberação do tempo do professor, a rápida devolutiva, a diminuição de custos de avaliações externas de fluência e a eliminação do fator “erro humano” durante as correções sejam alcançados.
Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da Sealf