Ratos, infiltrações e mofo: médicos e pacientes denunciam descaso da Prefeitura de GO em unidades de saúde

GOIÁS-  Médicos e pacientes de praticamente todas as unidades de saúde da Capital denunciam o “abandono e descaso” da prefeitura em relação à Saúde em Goiânia. Os flagrantes mostram prédios com diversos danos sem monitoramento e manutenção básica.

As denúncias apontam acúmulo de sujeira, mofo, mato alto, que atrai bichos como ratos e baratas, móveis quebrados amontoados dentro e fora das unidades, infiltrações, vazamentos, banheiros interditados, entre outros, que atrapalham a rotina doa atendimentos e colocam funcionários e cidadãos em risco.

Uma médica apontou, inclusive, risco de o teto desabar na unidade do Parque Amazônia.

Profissionais de saúde que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Goiânia já havia denunciado ao Ministério Público (MP) a falta de insumos e medicação básica, como algodão, gaze, soro e dipirona, entre outros na rotina da unidade que tem afetado o atendimento e tratamento de pacientes que buscam socorro.

“Tá uma situação muito complicada nas unidades de urgência e emergência de Goiânia, porque tá faltando vários itens de medicamentos e insumos na Secretaria Municipal de Saúde. Pacientes que vêm com determinadas doenças, com dores e que não tem a medicação pra ser feita”, explicou um profissional sobre os desabastecimentos.

Agora as denúncias apontam problemas na estrutura das unidades de saúde devido ao “abandono” da prefeitura que não acompanha as necessidades de manutenção e limpeza dos estabelecimentos que devem proporcionar saúde à população.

No centro de saúde do Parque Amazônia, a reportagem flagrou logo na entrada um banco de concreto quebrado, com a ferragem exposta. Dentro da unidade, as infiltrações estão por todo lado. Alguns banheiros estão interditados e outros com descarga quebrada. O bebedouro de água potável não funciona, segundo funcionários.

No Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, além de mato, ainda tem lixo acumulado. A unidade está com janelas quebradas, três banheiros interditados e outros funcionam com vazamento no vaso sanitário. O ralo de um banheiro está destampado.

“O que sai de rato aqui [ralo]. Tempo de pegar uma doença, uma lepitospirose. Sai de casa para tratar uma doença, chega aqui e pega outra”, disse um paciente.

No Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova, os problemas com infiltração e mofo preocupam pacientes e funcionários. A unidade tem cadeiras quebradas jogadas no chão e móveis empilhados do lado de fora.

 

Por; G5 News